Esta pode não ser uma peça radiofónica. Demasiado extensa, com declarações muito longas, mas justificada com o maior propósito que o jornalismo pode ter: dar voz às vozes, sem cortes, incutir a opinião e o serviço público ao mesmo tempo que a democracia naturalmente acontece. Sem o intuito de polémicas levantar e prejudicar o evento, decidiu-se publicar este artigo no terminar dos Jardins Efémeros’17 da cidade. Ouvimos, durante a última semana, alguns visitantes, comerciantes e a própria Sandra Oliveira responsável pelo projeto. As opiniões dividem-se e as críticas levantam-se pelas redes sociais.
João, de 23 anos, entende o público, entende a aposta destes Jardins Efémeros, mas critica a postura de alguns comerciantes que levantaram o género de um “Movimento Anti-Jardins”.
António, dono de um estabelecimento no Centro Histórico, diz que o evento é uma mais-valia para o seu negócio.
Jorge, de 40 anos, não gosta destes “não Jardins” e refere que a decepção é geral:
Para a Marlene, de 23 anos, a nível decorativo está fraco… mas o peso cultural é o mais importante.
Marta, de 47 anos, afirma que nem a parte cultural se safa. As actividades são para “um núcleo restrito”, “à porta fechada” e com um conceito demasiado “alternativo”:
“Um fiasco autêntico”, uma “vergonha”, “mal divulgado”. Esta é a opinião de Mónica de 43 anos.
Depois do público, e porque assim deve acontecer, do outro lado… Sandra Oliveira. Ao longo de 13 minutos, deu uso a vários verbos. Informou, justificou, criticou, pediu e lamentou. Estes, entre outros, foram os principais intervenientes do discurso.
Orgulho, é o que ela sente. Este ano, pela primeira vez, existe uma peça de arte na Praça D. Duarte ao invés de um “projecto de arquitectura paisagística”.
Mas que Oliveira é aquela… tão criticada pela maioria dos viseenses?
“Paradoxo” Sandra? Explique lá:
“E os Jardins tão esperados pelos viseenses onde estão?”
“Onde se gastou o dinheiro Sandra Oliveira?”
Quanto à criticada “cultura demasiado alternativa”…
“E que tal apostar em actividades para um público mais geral?”…
Um jogo de perguntas e respostas entre a população e a Sandra Oliveira que a Rádio AliveFm tentou desmistificar ao longo da semana de 7 a 16 de julho de 2017.
Peça de Maria Sousa/AliveFm
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