Os Verdes vêm reclamar a reposição da Praia Fluvial de Sejães, em Oliveira de Frades, destruída pelo Aproveitamento Hidroeléctrico de Ribeiradio-Ermida.
A Declaração de Impacte Ambiental (DIA), emitida em 2009, foi favorável ao projeto, mas obrigava à aplicação de medidas minimizadoras e alternativas às praias fluviais afetadas, como a sua relocalização.
Miguel Martins, membro do partido, afirma que esse acordo cai agora por terra. A praia existente em Sejães, entretanto submersa, será substituída por dois tanques de águas públicas. Decisão que não agrada os Verdes porque em nada se pode comparar uma praia a uma piscina.
Face à anunciada substituição da praia por uma piscina em Sejães, o partido pediu, em agosto de 2016, explicações ao Governo e a resposta do Ministério do Ambiente surpreendeu-os. Embora o Estudo de Impacte Ambiental refira a existência da praia fluvial de Sejães, o ministério afirma que afinal nunca existiu, apenas uma zona de fruição ribeirinha. Designação que nem sequer consta na Declaração de Impacte Ambiental.
Miguel Martins lembra que à Praia Fluvial de Sejães acorriam milhares de pessoas todos os anos provenientes do concelho e de municípios vizinhos, mas também visitantes de várias zonas do país para desfrutar do local.
Os Verdes lamentam que a substituição da praia por piscinas em nada venha contribuir para reforçar a identidade da povoação e receiam que possa deixar de ser um elemento de atratividade para dinamizar a própria atividade turística e de lazer, com impacto na economia local.
O partido salienta que as constantes alterações e deturpações que têm sucedido com este projeto de Aproveitamento Hidroelétrico de Ribeiradio-Ermida, e leviandade com que foram apresentados os próprios estudos prévios e o processo – classificado como projeto de Potencial Interesse Nacional (PIN) – descredibilizam a própria Avaliação de Impacte Ambiental.
Peça de Maria Sousa/AliveFM
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