O presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques, admitiu publicamente que, se o Governo não assegurar o apoio de 50 milhões de euros para a constituição da futura empresa intermunicipal de abastecimento de água e saneamento, a mesma poderá não ser constituída.
Para o presidente da Federação Distrital de Viseu do PS, António Borges, a resolução do problema de falta de água na região “tem no Governo um grande parceiro”, mas que “tem de haver liderança” para construir uma solução, declarações de António Borges em conferência de imprensa.
O líder da Federação Distrital de Viseu do PS salientou que “Se voltar a falhar água em Viseu, compete ao presidente da Câmara [Almeida Henriques] assumir as responsabilidades, porque não deu o passo em frente, não apresentou as candidaturas, não liderou o processo da solução que a região exige, António Borges diz que a culpa é do autarca de Viseu.
Em setembro do ano passado, com o objetivo de encontrar soluções para o problema da escassez da água sentida na região, os municípios de Viseu, Mangualde, Nelas, Penalva do Castelo, Sátão, São Pedro do Sul, Vila Nova de Paiva e Vouzela celebraram um acordo para a constituição de uma empresa intermunicipal.
Em comunicado, a comissão política distrital do PSD de Viseu refere ter recebido com estupefação as declarações de António Borges, “por colocar em causa o trabalho de cinco autarcas socialistas que, conjuntamente com os presidentes das Câmaras de Viseu, Sátão e Vouzela, tudo têm feito para solucionar um problema que é responsabilidade de todos, inclusive do Governo, que procura passar incógnito neste processo”, salienta Pedro Alves do PSD Viseu.
“Fica claro, nestas declarações, que o ADN dos socialistas da região não mudou”, lê-se na nota, onde é ainda referido que, “ao invés de encetar esforços para comprometer o Governo neste investimento para que os municípios não se endividem, nem assumam uma responsabilidade da Administração Central, responsabilizam o presidente da Câmara de Viseu pela negligência do Governo”.
Os deputados do PSD não aceitam as críticas do presidente da federação distrital do PS Viseu, depois de o governo ter retirado do programa as candidaturas dos municípios da região de Viseu para resolver a questão do abastecimento de água.
Pedro Alves salienta que se fosse constituída a empresa intermunicipal de abastecimento de água e saneamento cabia aos municípios o financiamento da empresa, ficando para as gerações futuras a respetiva fatura.
Pero Alves, diz que o governo devia avançar com a reprogramação dos fundos comunitários para resolver a problemática do abastecimento de água nos concelhos da região de Viseu.
Na opinião da distrital do PSD, António Borges presidente da distrital do PS Viseu, não foi rigoroso, porque não referiu que, “para o problema do abastecimento em alta, nos concelhos do distrito de Viseu, não há fundos comunitários disponíveis”.
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