A Sé de Viseu vai ter uma plataforma para mobilidade reduzida “pioneira” no país, integrada na requalificação que se vai iniciar, num valor superior a 1,3 milhões de euros, anunciou a diretora regional da Cultura do Centro.
“Em causa, está a colocação de plataformas elevatórias nas duas escadarias exteriores que serão impercetíveis quando recolhidas, o que assegura um impacto visual mínimo e um absoluto respeito pelos valores patrimoniais em presença”. Referiu a diretora regional da Cultura do Centro
“Estas plataformas são as que vão permitir o acesso franco à Casa de Santa Maria e daí à Varanda dos Cónegos e ao piso superior do claustro, por elevador, assim como ao piso inferior do claustro e, deste, ao interior do templo”, afirmou.
“O projeto de acessibilidades é um verdadeiro exemplar, integrando de forma pioneira em Portugal, ou seja, a mesma solução técnica e tecnológica que foi usada na Catedral de Notre Dame, em Paris, e na Catedral de Caen”, também em França, anunciou Susana Menezes.
No ato simbólico de arranque das obras de requalificação “tão desejadas” e que “terão de cumprir o prazo escrupuloso de 18 meses, até dezembro de 2023”, uma vez que ainda são financiadas pelo Portugal 2020.
A candidatura “Sé de Viseu conservação e restauro, reparações diversas e acessibilidade” “foi aprovada em dezembro de 2020 com um investimento total a 1,35 milhões de euros, sendo 85% deste valor suportado pelo Centro 2020”.
Os 15% remanescentes serão suportados pelos orçamentos da Direção Regional de Cultura e da Diocese de Viseu, em partes iguais, e as três entidades irão “encontrar a melhor solução para dar resposta” ao desafio da inflação, nomeadamente nos preços dos materiais.
As obras de requalificação dividem-se em duas empreitadas diferentes: “o lote um referente à conservação e restauro do património integrado, designadamente dos retábulos e revestimentos azulejares” e o lote dois “é relativo às reparações diversas e acessibilidades”.
Após uma descrição da Sé de Viseu e dos edifícios que contém, assim como do Museu Nacional Grão Vasco, contíguo à Sé e antigo seminário, Susana Menezes explicou onde vão ser feitas as intervenções de requalificação.
O bispo da Diocese de Viseu, Don António Luciano, deu os parabéns aos envolvidos por todo o trabalho no projeto de requalificação da “Sé Catedral, que orgulha o património da cidade e da região.
O presidente da Câmara Municipal de Viseu, Fernando Ruas, considerou que “as obras deviam ter começado há mais tempo”, mas sublinhou que “o importante é que tenham a sua sequência e, sobretudo, que não deixem deteriorar este património espantoso que é uma das alavancas fundamentais” do turismo.
A presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Centro destacou a importância do “momento simbólico” que decorreu, porque “dá origem à reabilitação concreta do belíssimo monumento” da Sé de Viseu.
A Sé de Viseu vai sofrer obras de requalificação, anunciou o Governo, obras que têm um custo orçado em cercas de 1.3 ME.
Comente este artigo