A urgente requalificação do Itinerário Principal 3 (IP3), que liga Viseu a Coimbra, vai ser discutida esta quarta-feira, 8 maio, no Parlamento.
A discussão chega vários anos depois de associações e autarcas locais se queixarem das más condições da estrada, mais conhecida como ‘estrada da morte’ que colocam em causa a segurança dos condutores.
Hoje vão ser debatidos quatro projetos de resolução apresentados pelo PSD, PCP, BE e PEV. Nas propostas, os partidos partilham da mesma opinião, o que poderá ser um sinal de que a requalificação do IP3 será aprovada.
O PSD recomenda ao Governo que “execute de imediato todos os procedimentos e ações para a efetiva e urgente implementação de ligação rodoviária em perfil de autoestrada entre Viseu e Coimbra, garantindo a existência de uma solução não portajada”.
Na mesma linha surge a proposta do PCP, que pede ao Executivo para proceder “com urgência à reparação do piso do IP3”, através da correção dos “graves problemas de segurança causadores de muitas colisões e despistes”. Além disso, o partido aconselha ainda a que o IP3 seja “livre de portagens”.
Também o BE pede a urgente intervenção na estrada, mas apresenta uma solução que poderá ser mais benéfica: “A construção de duas vias de circulação em cada faixa de rodagem, em perfil de autoestrada, em todo o trajeto do itinerário”. O projeto de resolução dos bloquistas pede ainda ao Governo que o calendário da “execução da obra” seja divulgado.
Por último, o partido Os Verdes, têm uma recomendação idêntica aos restantes partidos, mas pede que “com a requalificação do IP3, pelo menos nas áreas de maior relevância, sejam assegurados corredores ecológicos como forma de mitigar os efeitos da fragmentação dos ecossistemas criando as condições para a deslocação de animais”.
Serão ainda tidas em conta duas petições que alertam o Governo para o facto de o IP3 ser uma das mais perigosas estradas do país por registar um elevado número de acidentes e vítimas mortais. Álvaro Miranda, porta-voz da Associação de Utentes e Sobreviventes do IP3, uma das associações que elaborou uma das petições, diz que as expectativas para que sejam finalmente adotadas medidas são altas. “Esperamos que o debate na Assembleia da República transmita um maior conhecimento para a opinião pública sobre uma região há muito abandonada pelo poder central. E que, de uma vez por todas, se traga a requalificação do IP3”.
“Neste momento, o que falta fazer é tudo”, diz, afirmando que aguardam “com muita apreensão o arrancar das obras, que só pecam por tardias, tendo em conta uma via estruturante para o desenvolvimento socioeconómico de toda esta região”.
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