O relatório sobre o incêndio que durante uma semana fustigou a floresta em Arouca e São Pedro do Sul, em agosto de 2016, esteve retido numa gaveta do Ministério da Administração Interna “durante nove meses” e só agora foi conhecido “após muita pressão”, apurou o CM.
“Só peca por tardio”, referiu Vítor Figueiredo, presidente da Câmara de São Pedro do Sul, lamentando que só a partir de agora “as conclusões possam servir de exemplo para situações do género”.
Segundo apuraram os inspetores que realizaram o inquérito, os meios de combate ao fogo “eram insuficientes”. Verificou-se também “uma falta de coordenação entre os comandantes distritais de operações de socorro de Aveiro e Viseu” que “não tiveram a perceção de que os incêndios de Arouca e São Pedro do Sul eram um só”.
Estes dois responsáveis só não são alvo de um processo disciplinar porque já não ocupam o cargo.
As conclusões do inquérito já foram enviadas para a Autoridade Nacional de Proteção Civil e para o Ministério Público que decidirá se há matéria criminal para abrir um eventual processo criminal.
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