Tratou-se do 28º Encontro, contando este ano com a presença de cerca de 30 “Barões”, que se reuniram ao final da tarde, na Zona do Centro Histórico, na Fonte das 3 Bicas (Escadinhas do Arvoredo) e Largo Pintor Gata, para confraternizar, colocar a conversa em dia, e reviver alguns locais e momentos passados nos bons velhos tempos de infância.
Este convívio continuou com o tradicional Jantar servido num dos restaurantes da zona histórica, em ambiente de grande alegria e boa disposição, onde foi possível degustar algumas das boas iguarias que a nossa região possui.
A noite continuou com o regresso deste animado grupo de amigos à zona do Largo Pintor Gata e bares envolventes, com o habitual passeio “Inter-Bares”, onde foi possível brindar à amizade, à camaradagem, e ao lema que todos os anos é reavivado “Uma amizade para a Vida”!
São já 29 os anos em que o ritual se repete. O Encontro não se realizou no ano da pandemia.
Ano a ano, ali para os meios de maio e os meandros da Sé, ouve-se este onomatopaico tchim-tchim do brinde à amizade. São os Barões, senhoras e senhores. Os Barões da Sé!
No passado dia 11 de maio, os Barões da Sé fizeram jus àquilo que sempre os uniu: o local em que se tornaram homens, em torno das vicissitudes de uma Amizade de Vida. Ali, na zona da Sé, que ainda hoje vêem recortada num horizonte que assume os seus contornos com os olhos fechados. Ali, onde todos os anos se recuperam histórias partilhadas naquele território conquistado pela nascença ou pela adoção. Todos sempre bem recebidos e integrados.
Os Barões são dali. Serão sempre dali, ainda que a vida os tenha empurrado para longe. Mas voltam sempre. Ali, naquele berço de recordações revividas em cada novo manjar.
Sorrisos largos, abraços apertados, “bocas” que só eles entendem. Coisas que acontecem ali. Ano após ano. Uma amizade que celebra uma vida, numa vida que hoje tem pouco espaço para a Amizade. No fundo, uma Amizade celebrada por quem sabe o valor de ser amigo. E só aqueles que ali vão em romaria anual, sabem o significado que isso tem.
Em 2025 haverá mais. Quem sabe, possam os Barões explicar-vos como se jogava ao «piu-das-linhas». Naquelas linhas desenhadas a granito no chão do Adro e que inúmeras vezes foram pintadas com o sangue de um joelho esfolado.
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