“Dentro de um mês e meio, o projeto estará concluído”, referiu o autarca social-democrata, indicando que sugeriu à ministra da Saúde que “faça uma `task force`” (força de intervenção, em tradução livre), de modo a poder-se avançar com a construção, “com ajuda de fundos comunitários”.
Almeida Henriques falava aos jornalistas, em Lisboa, depois de uma reunião com a ministra da Saúde, Marta Temido, e a administração do Centro Hospitalar Tondela-Viseu (CHTV), no Ministério da Saúde, que serviu para analisar a situação do serviço de oncologia naquela unidade, após alertas de sindicatos e da Ordem dos Médicos.
O presidente da Câmara de Viseu reiterou a necessidade da construção de um centro oncológico, capaz de servir uma área com cerca de 350 mil pessoas, tendo também influência no distrito da Guarda.
“É necessário não perder de vista a solução de fundo, que é construir as instalações de um centro oncológico, onde se faça toda a parte quer da quimioterapia, quer da radioterapia”, disse, sublinhando que se trata de “uma região do país com forte incidência de cancros”.
De acordo com Almeida Henriques, na reunião de hoje não ficou uma data definida para a construção da infraestrutura.
Quem se comprometeu com data de conclusão do projeto, sublinhou, foi o conselho de administração do CHTV e não a ministra da Saúde.
“Não há data para a construção. A senhora ministra não se comprometeu com nenhuma data. O presidente do conselho de administração é que se comprometeu em ter num mês e meio concluído o projeto”, frisou.
Almeida Henriques anunciou também depois da reunião que o CHTV vai receber um reforço de médicos de Coimbra e Vila Real, para que os doentes oncológicos não sejam deslocados.
“Nenhum doente será deslocado para Coimbra, a não ser que seja em causa de força maior”, realçou o autarca social-democrata, explicando que o centro oncológico de Viseu será reforçado “com alguns médicos de Coimbra e de Vila Real”, que “irão prestar serviço até à normalização da situação”.
Na terça-feira, num comunicado conjunto, o Sindicato dos Médicos da Zona Centro, o Sindicato Independente dos Médicos e a secção regional do Centro da Ordem dos Médicos explicavam que a situação tinha atingido “o ponto de rutura e que os colegas oncologistas assumem a incapacidade de garantir a consulta e tratamentos de quimioterapia para novos doentes”.
O presidente da Câmara de Viseu destacou ainda a necessidade de haver um reforço de dois médicos especialistas, uma vez que dois profissionais estão de saída para aposentação.
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