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Projeto Aristides de Sousa Mendes dá “primeiro passo” nos conteúdos museológicos

 A comissão científica do Projeto Aristides de Sousa Mendes realizou a primeira reunião para definir conteúdos do futuro centro interpretativo na Casa do Passal, onde viveu o diplomata, um “primeiro passo” para a sua concretização.

Segundo o presidente da Câmara Municipal de Carregal do Sal, Paulo Catalino Ferraz, esta primeira reunião tinha “como principal objetivo sentar à mesma mesa todas as entidades que estão envolvidas direta e indiretamente com o projeto”.

“Conseguimos sentarmo-nos à mesma mesa e traçar três ou quatro objetivos macro para o futuro da Casa do Passal. Desde logo o processo educativo e formativo do projeto que é fundamental para o futuro do espaço”, destacou o autarca.

Paulo Catalino Ferraz enalteceu também “a área da investigação e depois toda a programação cultural inerente ao processo do Projeto Aristides de Sousa Mendes” e que, “com esta reunião foi dado o primeiro passo para a sua concretização”.

“A fase da reconstrução da casa e da estrutura física em si está resolvida, agora, entramos na outra fase. A partir de agora vai haver uma série de atividades relacionadas com Aristides de Sousa Mendes”, sublinhou.

Um trabalho que “é distribuído pelas várias entidades, para uma responsabilidade distribuída por várias entidades que começam agora a tratar dos conteúdos da casa” e que constituem a comissão científica do projeto.

Neste sentido, explicou, a comissão tem “entidades macro”, que são a Câmara Municipal de Carregal do Sal (representante Ricardo Campos), a Direção Regional da Cultura do Centro (Cátia Marques), a Fundação Aristides de Sousa Mendes (Ana Margarida Mascarenhas) e a Mendes Foundation (Mariana Abrantes).

Além destas, envolve outras entidades, como o Ministério dos Negócios Estrangeiros (embaixador Luís Barreiros), o Instituto Politécnico de Tomar (João Freitas), as Universidades Nova de Lisboa (João Sàágua) e de Coimbra (por designar) e, como convidados, Mordecai Paldiel e Carlos Rodrigues.

“As universidades são parceiras do Projeto e vão ajudar-nos a encontrar, neste processo de investigação que está a decorrer para a museografia, a sedimentar o conteúdo que vamos passar na Casa do Passal”, esclareceu.

Isto, porque, um dos objetivos da musealização da casa onde viveu o diplomata, situada em Cabanas de Viriato (no concelho de Carregal do Sal, distrito de Viseu) é que “seja um espaço também formativo, educacional, não só para as escolas, mas também para as universidades, para doutoramentos ou estudos nesta área”.

Assim, os conteúdos “serão fruto da comissão científica em articulação com a comissão de investigação no sentido de criar uma mensagem mais eficaz do que foi Aristides de Sousa Mendes” e “definir estratégias de promoção do gesto e da figura do cônsul enquanto legado de defesa dos direitos humanos”.

Na primeira reunião “foi igualmente apresentado o modelo do processo a ser usado na museografia do futuro museu” e, para um segundo encontro, já agendado para junho, “vai ser apresentado um primeiro figurino” do projeto elaborado pela comissão de investigação, adiantou o autarca.

Fechada ao público há quase 50 anos, a Casa do Passal sofreu uma intervenção nas paredes exteriores e cobertura, em 2014, e está, desde agosto de 2022, a ser requalificada, com 1,8 milhões de euros, para a sua musealização.

Lusa

 

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