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Produtores de cerejas de Resende vão receber máscaras e luvas cedidas pela autarquia

A Câmara de Resende vai doar máscaras e luvas aos produtores de cereja do concelho para dar mais segurança ao produtor e ao consumidor.

Garcez Trindade, autarca de Resende, diz que, para prestar este apoio aos “milhares de produtores de cereja que existem no concelho, estão já garantidas cinco mil máscaras laváveis”.

“Os trabalhadores deverão estar protegidos pela máscara e pelas luvas, que é o que a câmara vai fornecer aos produtores a partir da próxima semana, porque as cerejas já estão a pintar, principalmente as da beira do rio”, adiantou.

O autarca explicou ainda que, para receber este equipamento de proteção individual, “basta ter, no mínimo, meio hectare em parcelaria de cerejeiras e/ou ser sócio da associação de produtores de Resende”, e marcar para levantar as máscaras e luvas a partir do dia 27 no gabinete de desenvolvimento rural.

Garcez Trindade disse que não deverá haver restrições na apanha da cereja, porque “as árvores de agora não têm quatro e cinco metros como as antigas, são mais pequenas e, por isso, deverá ser o suficiente ter um trabalhador por cerejeira”.

“No fundo, entregamos um prospeto, no qual se inscrevem as boas práticas para a apanha, para que haja alguma tranquilidade a quem vai consumir e dar também um bocadinho de apoio à comercialização da cereja, porque foi produzida e agora tem de ser comercializada”, considerou.

Com a época da apanha a chegar e com a festa da cereja cancelada por causa da pandemia da covid-19, o autarca aguarda agora “alguma liberalização das medidas de confinamento”.

“Não havendo a nossa festa da cereja, onde num fim de semana são vendidas 80 toneladas, como deve imaginar é sempre um pecúlio para os nossos produtores logo no início da campanha, porque só eles é que podem vir cá vender. Assim, temos de os apoiar na venda” de outra forma, explicou.

Entre as outras formas possíveis estão “as barraquinhas cedidas pela autarquia para serem colocadas ao longo das estradas ou até mesmo no meio da vila” de forma a “tentar mitigar, de alguma maneira, todo este problema que se vive”.

“Vai haver, com certeza, quebras no negócio, mas depende muito das condições de comercialização, da possibilidade de comercialização, porque, se houver algumas restrições, certamente teremos algumas dificuldades”, disse.

 

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