O presidente da Câmara de Penalva do Castelo, Francisco Carvalho (PS), mostrou-se hoje convicto de que não haverá exploração de lítio no seu concelho, apesar de ter duas zonas sinalizadas.
A Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) viabilizou a pesquisa e prospeção daquele mineral em seis áreas, duas das quais abrangem o concelho de Penalva do Castelo, nomeadamente “GUARDA-MANGUALDE W” (que inclui também Mangualde, Gouveia, Seia, Fornos de Algodres e Celorico da Beira) e “GUARDA-MANGUALDE NW” (que inclui também Viseu, Sátão, Mangualde, Seia e Nelas).
“Não é motivo de preocupação para o concelho de Penalva do Castelo”, disse Francisco Carvalho à agência Lusa.
Segundo o autarca, uma das zonas “é junto à Barragem de Fagilde, que está protegida por natureza”.
“Não acredito que vão lá explorar lítio, porque é junto a uma linha de água que abastece Viseu, Mangualde, Nelas, Penalva do Castelo e Sátão”, justificou.
A outra zona referenciada, acrescentou, “é uma exploração mineira na freguesia de Real, na qual já estão a explorar o feldspato”.
“Já está devidamente licenciada, eu não posso fazer nada. Eles exploram lá o minério que houver”, afirmou Francisco Carvalho.
Na quarta-feira, o Ministério do Ambiente e da Ação Climática (MAAC) divulgou que a AAE em oito áreas com potencial de existência de lítio concluiu pela exclusão de Arga e Segura, e viabilizou a pesquisa e prospeção daquele mineral em seis zonas.
O MAAC adiantou que o concurso público para a atribuição de direitos de prospeção e de pesquisa de lítio “poderá avançar nos próximos 60 dias”.
Após o procedimento concursal e a prospeção (a decorrer num prazo máximo de cinco anos), poderá iniciar-se a exploração de lítio, com cada um dos projetos a ser sujeito a Avaliação de Impacto Ambiental.
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