O presidente da Turismo do Centro defende a isenção total de pagamento de portagens em territórios de baixa densidade, medida que permitiria atrair investimentos, novos modelos de negócios e mão-de-obra qualificada.
O presidente da Entidade Regional, que abrange cem concelhos do Centro do país, considera um erro a introdução, em 2011, de portagens na autoestrada A25, antiga via sem custos para o utilizador (Scut), dizendo que a medida veio agravar os problemas em territórios de baixa densidade, constituindo um obstáculo ao desenvolvimento.
“O sistema de pagamento de portagens é confuso, injusto e dissuasor”, acusa O presidente da Turismo do Centro, dando como exemplo o crescimento moderado (11 por cento) de visitantes espanhóis no Centro, que contrasta com taxas muito mais altas de crescimento de turistas oriundos de outros mercados.
“O Centro não dispõe de um aeroporto, como acontece noutras regiões. Na prática, a estrutura rodoviária funciona como principal via de acesso à região para o mercado espanhol. As unidades hoteleiras, sobretudo em Aveiro e Viseu, dão-nos contas todas as semanas de relatos de turistas, quase sempre espanhóis, frustrados com a confusão do pagamento de portagens nas antigas Scut”.
Uma vez que “as portagens estão por todo o lado, Pedro Machado defende uma isenção para territórios de baixa densidade como Beira Baixa, Serra da Estrela, Médio Tejo, Viseu-Dão-Lafões. “Seria ainda uma discriminação positiva para territórios que, infelizmente, foram terrivelmente afetados pelos incêndios de 2017, que tiveram um preço elevado em termos de vidas humanas e bens”, conclui.
O Governo já avisou, no entanto, “que a abolição das portagens no interior do país não está em cima da mesa”, acrescentando que está a ser estudada a melhor forma para ajudar a mobilidade das empresas.
“A abolição não está em cima da mesa. Está em cima da mesa melhorar condições de circulação das empresas e de fixação das empresas nas regiões do interior”.
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