As praxes académicas, que ao longo dos anos ganharam uma conotação negativa, estiveram em debate no Instituto Politécnico de Viseu.
A reflexão reuniu os responsáveis do Ensino Superior em Viseu, um grupo alargado de estudantes e dirigentes das organizações estudantis das três instituições.
A professora Marie Cruz, responsável pelo Instituto Piaget, explica que havia duas certezas no debate: a entrada na Universidade dos novos alunos é motivo de alegria e deve dar lugar a momentos festivos e que os antigos alunos têm o dever de acolhe-los bem. Como tal, há actividades que devem ser repensadas por não cumprirem essas premissas.
Questionou-se o rally de tascas, fora de horas e das instituições de ensino; o porquê de a Latada acabar sempre com meia cidade de Viseu de pantanas, suja, degradada e de onde surgiu o sentimento expresso por muitos novos estudantes de que “a praxe é obrigatória senão…”.
Marie Cruz acredita, pelo retorno que teve, que este ano a Latada aconteceu de forma mais ponderada.
O debate concluiu que começam a aparecer outro tipo de actividades para a integração dos “novos estudantes” como actividades de solidariedade, actividades de descoberta da Cidade e das suas potencialidades e deixou-se claro que a participação nas praxes será sempre facultativa e sem nenhuma consequências sobre a vida académica futura.
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