Esta quinta-feira é o dia em que se espera ouvir a versão do arguido pela sua própria voz. O arguido chegou ao Tribunal da Guarda pelas 9h30. Quando a carrinha celular estava a entrar para as instalações do tribunal, a mãe de Liliane — a mulher alegadamente assassinada por Pedro Dias — começou a bater na viatura e a gritar: “É hoje que vais falar, meu desgraçado? Se eu te apanhasse, matava-te”, disse Maria de Fátima Lino, visivelmente emocionada.
Os advogados do suspeito afirmaram, esta manhã à porta do tribunal, que Pedro Dias irá falar. Mónica Quintela voltou a reforçar que o seu cliente deve ser condenado pelos crimes que cometeu, mas não por aquilo que não fez.
Em entrevista ao Observador, Mónica Quintela e Rui da Silva Leal adiantaram que o homem de Arouca, suspeito de cinco crimes de homicídio (três na forma consumada e dois na forma tentada), vai contar “a história toda”: “ele vai contar o que se passou desde o início.”
De acordo com os advogados, a versão de Pedro Dias dos factos “tem de fazer a diferença” neste julgamento. “Ele é que esteve lá”, sublinhou Rui da Silva Leal. “Há ali crimes que ele não pratica e há ali crimes que ele explica.”
(Em atualização)
Observador
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