A Câmara de Nelas está a olhar para o incêndio de outubro de 2017 como uma oportunidade “para o território” e quer aproveitar as medidas de apoio para valorizar e promover o turismo no concelho.
No meio das cinzas, é possível encontrar “uma oportunidade para o território”, argumenta a vice-presidente da autarquia, Sofia Relvas, considerando que é preciso usar este momento também para promover a região do Dão, marcada pela produção de vinho.
Em Nelas, os processos de reconstrução de 13 casas de primeira habitação já foram indicados à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), a autarquia acompanha os familiares da única vítima mortal no processo de indemnização e os apoios aos agricultores abaixo dos cinco mil euros já começaram a ser pagos.
Segundo Sofia Relvas, houve cerca de 550 candidaturas de agricultores no regime simplificado (até cinco mil euros) e oito acima dos cinco mil euros, duas das quais de vinicultores.
Na área empresarial, registam-se poucos danos, visto que “foi feita uma salvaguarda efetiva das áreas de segurança à volta das zonas industriais com um corredor muito superior ao exigido”, garantindo a salvaguarda das empresas no incêndio de 15 de outubro de 2017, realçou.
Agora, há que olhar em frente, visto que a região, apesar da tragédia, “ainda tem muitos fatores para ser atrativa”, sublinhou a vice-presidente da autarquia.
“Há linhas de apoio interessantes e estamos a estruturar algumas candidaturas para a promoção territorial e apoiar candidaturas de entidades privadas”, disse à agência Lusa Sofia Relvas.
Para a vice-presidente de Nelas, esta é “uma região com forte dinâmica turística, com turismo gastronómico e turismo de natureza”, querendo “atrair eventos” para o concelho.
“Queremos atrair para cá as atenções que são precisas”, frisou.
Segundo Sofia Relvas, há que “agarrar as oportunidades”.
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