Município de Lamego contra agravamento da tarifa da recolha de lixo
O Município de Lamego manifestou a sua discordância relativamente aos valores propostos pela Resinorte, entidade responsável pelo tratamento e valorização dos resíduos sólidos urbanos produzidos nos 35 municípios da região Norte, como estimativa das tarifas a aplicar para o triénio 2019-2021. “É completamente inaceitável e socialmente impraticável um aumento de tarifas em mais de 50 por cento, ao longo dos próximos três anos”, defende Ângelo Moura, Presidente da Câmara Municipal.
Por proposta da autarquia de Lamego, o Conselho Intermunicipal do Douro também já manifestou por unanimidade a total oposição dos municípios a estae aumento de tarifária, junto do Conselho de Administração da Resinorte e deliberou fazer o mesmo junto da ERSAR – Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos e do Ministério do Ambiente.
Embora compreenda a necessidade de investimento face aos objetivos que a Resinorte se propõe atingir, o Município de Lamego não aceita que o risco seja totalmente transferido para o utente através da tarifa.
“Numa época em que na ordem do dia está a ser discutida a necessidade de incentivar a fixação de populações no interior, bem como beneficiar os territórios de baixa densidade, tudo faremos na defesa clara das nossas populações e de uma política que garanta a sustentabilidade dos serviços, num nível comportável para os seus habitantes”, realçou o autarca Ângelo Moura.
E alerta que a aceitação de tal “nível de tarifas conduziria inexoravelmente ao potencial incumprimento por parte dos municípios, uma vez que seria claramente incomportável, refleti-lo diretamente nos utentes”, acreditando, no entanto, que a Resinorte “irá preconizar os ajustamentos que reponham a justiça e adequação à realidade a este processo”.
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