Uma mulher, a trabalhar temporariamente no Centro de Saúde de Vouzela como auxiliar de ação médica, disse hoje que enviou para a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde uma queixa “por ter sido humilhada e gozada” naquela unidade de saúde.
Em declarações à agência Lusa, Maria Adelaide Silva explicou que a queixa foi enviada esta semana para a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS), organismo ao qual deu a conhecer um episódio que teve início a 10 de fevereiro, quando lhe pediram para realizar trabalho de separação de processos no sótão do centro de saúde de Vouzela.
“Como fui trabalhar para lá como CEI [Contratos de Emprego Inserção], não podia exercer qualquer função sozinha, tinha de ser sempre com outra auxiliar vinculada à função pública, mas a verdade é que me mandaram sozinha para aquele sótão com pouca luz, cheio de humidade e de prateleiras com processos”, descreveu.
De acordo com Maria Adelaide Silva, de 54 anos, o trabalho de separação de processos estendeu-se para os dias seguintes, tendo “perguntado ao responsável pelos auxiliares se continuaria a fazer o trabalho sozinha”.
“Foi-me dito que estava lá para trabalhar e fazer o que me mandavam, o que acatei. A 15 de fevereiro, numa altura em que me encontrava sozinha, caiu-me em cima uma prateleira cheia de processos”, sustentou.
Maria Adelaide Silva apontou que não tem ideia do tempo em que esteve “soterrada em processos, com a estante por cima e com dificuldades em respirar”.
“Neste momento, estou em casa em repouso, a recuperar das mazelas que felizmente não tiveram outro tipo de gravidade. Mas, com a queixa apresentada pretendo que outras pessoas que estejam na mesma situação sejam tratadas com dignidade e como seres humanos”, revelou.
Contactado pela Alive FM, acerca deste caso, Luis Botelho, diretor executivo do ACES Dão Lafões referiu que este caso está entregue à Inspeção Geral de Atividades em Saúde.
Agência LUSA / Alive FM
Comente este artigo