O processo com vista à construção de duas barragens em Moimenta da Beira está na fase final e as duas infraestruturas vão ser uma realidade até 2020, é pelo menos esse o desejo do presidente da autarquia, que vê na produção da maçã “a maior fileira” económica do concelho do distrito de Viseu.
O Ministério da Agricultura já aprovou os estudos preliminares das duas barragens, dando luz verde à sua construção, um investimento de 20 milhões de euros. As duas barragens de regadio das Terras de Demo vão ser construídas em Caria e Leomil.
Trata-se de um velho anseio de centenas de produtores de maçãs, que no verão se debatem com falta de água. José Eduardo Ferreira, presidente da Câmara de Moimenta da Beira, diz que a região “não pode ficar fora do regadio nacional” e que as duas barragens “serão determinantes para o setor da maçã”.
É o nosso mais importante produto. Temos aqui condições para que dentro de poucos anos o País deixe de importar maçã”, afirma o autarca. Ainda no plano da criação de infraestruturas para o desenvolvimento económico do concelho, está em fase final de construção uma circular rodoviária com dois quilómetros e o alargamento do parque industrial, um investimento de cerca de 3,5 milhões de euros.
Os empresários ficam naturalmente satisfeitos com os investimentos públicos, mas queixam-se da falta de ligação rodoviária “em condições” para a Europa.
“Oitenta e cinco por cento da nossa produção é para exportação e falta-nos um itinerário rápido par nos ligarmos à A25 e à Europa”, lamenta-se Filipe Sobral, empresário de granito e mármores. Para João Guedes, empresário ligado à metalomecânica e à agricultura, o impulso empresarial de Moimenta da Beira vai “fortalecer as empresas já existentes”.
CM
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