Os médicos iniciaram às 0h uma paralisação de três dias de greve nacional, que os sindicatos consideram ser pela “defesa do Serviço Nacional de Saúde”.
A reivindicação essencial é “a defesa do SNS” e o respeito pela dignidade da profissão médica, segundo os dois sindicatos que convocaram o protesto, o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) e a Federação Nacional dos Médicos (FNAM).
Os sindicatos querem uma redução do trabalho suplementar de 200 para 150 horas anuais, uma diminuição progressiva até 12 horas semanais de trabalho em urgência e uma diminuição gradual das listas de utentes dos médicos de família até 1500 utentes, quando actualmente são de cerca de 1900 doentes.
Entre os motivos da greve estão ainda a revisão das carreiras médicas e respectivas grelhas salariais, o descongelamento da progressão da carreira médica e a criação de um estatuto profissional de desgaste rápido e de risco e penosidade acrescidos, com a diminuição da idade da reforma.
A paralisação nacional de três dias, que termina às 24h de quinta-feira, deve afectar sobretudo consultas e cirurgias programadas, estando contudo garantidos serviços mínimos, como as urgências, tratamentos de quimioterapia, radioterapia, transplante, diálise, imuno-hemoterapia, cuidados paliativos em internamento.
A Ordem dos Médicos apoia a greve, por considerar que existem “razões objetivas” por parte dos profissionais.
O bastonário disse mesmo que participar na paralisação é “defender a qualidade dos cuidados de saúde e os doentes”.
Depois de duas greves nacionais em 2017, os médicos paralisam este ano pela primeira vez, com os sindicatos a considerarem que o Governo tem sido intransigente e tem desperdiçado as oportunidades de diálogo com os sindicatos.
Público
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