A mata do Fontelo vai manter algumas áreas interditadas ao longo dos próximos anos, por estarem a ser alvo de obras e de reabilitação, avançou o presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques.
Na reunião do executivo onde foi discutida a situação da mata do Fontelo, os vereadores da oposição (PS) consideraram que “o Fontelo está uma vergonha”.
Em declarações aos jornalistas, Almeida Henriques afirmou que a autarquia quer devolver a mata do Fontelo aos viseenses “em condições de segurança, de respeito pela sua história e pela sua identidade”, tendo técnicos a trabalhar com esse objetivo.
“O Fontelo vai ter, ao longo de cinco anos, áreas que não vão estar acessíveis. Vai continuar aberto, mas vai ter obras a decorrer”, salientou o autarca Almeida Henriques.
Depois da mata do Fontelo ter sido afetado pela tempestade Leslie (em outubro de ano passado) e pela tempestade Helena (em fevereiro deste ano), surgiram críticas ao estado em que se encontra.
Atendendo à dimensão dos danos causados, o município pediu assessoria à Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), sendo o trabalho de limpeza e reabilitação acompanhado por técnicos qualificados, para não colocar em risco espécies que se têm mantido ao longo dos 500 anos de história da mata.
Segundo o autarca, equipas da UTAD, da Escola Superior Agrária, técnicos e os vereadores da Cultura e do Ambiente têm estado a trabalhar no Fontelo quer enquanto mata, quer enquanto monumento.
Almeida Henriques pediu compreensão aos viseenses, uma vez que se trata de uma das “joias da coroa” de Viseu.
“Um dos legados que o autarca de Viseu quer deixar quando sair de presidente de Câmara é um Fontelo ordenado, classificado, que possa ser utilizado com tranquilidade e que seja cada vez mais um emblema da cidade”.
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