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Mais de 23 mil assinaturas em petições contra e a favor do museu Salazar

Petições públicas eletrónicas contra e a favor da instalação de um museu Salazar, em Santa Comba Dão, já motivaram a assinatura de mais de 23 mil pessoas.

Um primeiro documento digital foi colocado na Internet, no site Petição Pública, tendo como subscritores o antigo líder sindical Carvalho da Silva, o analista político Pedro Adão e Silva, a escritora Maria Teresa Horta, o antigo reitor da Universidade de Lisboa José Barata Moura ou o cantor de intervenção Francisco Fanhais, entre outros. O total de assinaturas contra o museu vai agora em 15.121.

Todos se insurgiam no texto “Museu de Salazar, não!” e apoiavam uma outra carta aberta dirigida ao primeiro-ministro, António Costa, em 12 de agosto, na qual 204 ex-presos políticos exigem ação ao executivo do PS, além de expressar “o mais veemente repúdio” pela iniciativa anunciada pelo autarca socialista local.

Segundo esta petição, o projeto de Santa Comba Dão, “longe de visar esclarecer a população e sobretudo as jovens gerações”, seria “um instrumento ao serviço do branqueamento do regime fascista (1926 – 1974) e um centro de romagem para os saudosistas do regime derrubado com o 25 de Abril”.

Uma outra petição foi criada e colocada em linha, “Museu Salazar, sim” porque “a memória histórica de um povo não pode ser apagada porque um minoria ruidosa assim o exige”.

Neste texto dirigido à Assembleia da República, que também já conta com 8.162 aderentes, embora não estejam acessíveis os nomes, os subscritores dizem que não aceitam “que aqueles que evocam constantemente o valor da liberdade se revelem inimigos dessa mesma liberdade quando ela não vai de encontro aos seus interesses”.

A Câmara de Santa Comba Dão, no distrito de Viseu, anunciou que pretende iniciar este mês a primeira fase de requalificação da Escola Cantina Salazar, com o objetivo de aí instalar o Centro Interpretativo do Estado Novo.

 

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