O presidente da distrital de Viseu do PSD, Pedro Alves foi um destacado apoiante de Rui Rio na campanha interna e, no distrito, o presidente eleito venceu as diretas com 65% dos votos. Em declarações aos jornalistas, o presidente do PSD/Viseu manifestou estranheza por não ter sido ainda contactado para garantir a representatividade do distrito nas listas aos órgãos nacionais do partido.
“As listas não são necessariamente um negócio, as listas têm de ser elaboradas com critérios de natureza política e para dar sinais políticos, aqui resumiu-se a um negócio”, lamentou, referindo-se ao acordo entre Rio e o candidato derrotado nas diretas, Pedro Santana Lopes, para listas de unidade aos órgãos nacionais.
O deputado registou que, até agora, “a distrital de Viseu não está representada em qualquer órgão nacional” – a exceção do Conselho Nacional, no qual o presidente da distrital tem assento por inerência –, considerando que o discurso do novo presidente de valorização do interior deveria ter uma tradução nos seus órgãos.
“Não sei se há ou não vontade para executar o pacto para o interior que a distrital de Viseu trouxe ao congresso”, disse, referindo-se à proposta temática que trouxe à reunião magna.
“Neste momento, não sei que relevância tem, se há ou não vontade que Viseu participe no novo projeto político”, afirmou.
Fontes do PSD disseram à Lusa que Viseu não é caso único e que também estruturas como Porto e Setúbal estão descontentes com a representatividade nas listas de Rui Rio.
As listas para os órgãos nacionais têm de ser entregues até às 19:00 de hoje, segundo e penúltimo dia de trabalhos do 37.º Congresso do partido.
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