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IP3 não é duplicado na totalidade por questões financeiras ou técnicas?

Na sequência da Associação de Utentes e Sobreviventes do IP3 (AUS IP3) ter sido recebida na Assembleia da República, no debate da petição “MELHORIA E ALARGAMENTO DO IP3 SEM PORTAGENS PELA SEGURANÇA, ACESSIBILIDADE E DESENVOLVIMENTO”, e do anúncio das obras de requalificação do IP3, a Associação de Utentes e Sobreviventes do IP3 manifesta as seguintes preocupações:

O deputado do PS – Pedro Coimbra, afirmou perante os representantes da AUS IP3 que aquilo que impede a duplicação do traçado do IP3, em toda a sua extensão, são motivos financeiros e não técnicos. Tendo em conta que esta declaração contraria as informações que têm vindo a público, a AUS IP3 questiona: Quantos mais têm que morrer para que os aspectos financeiros não prevaleçam sobre as vidas humanas?” A AUS IP3 reafirma a sua exigência de alargamento do IP3 em toda a sua extensão.

O mesmo Deputado do Partido do Governo proferiu ainda declarações sobre soluções que apontam a existência de percursos portajados alternativos aos 15% do traçado que não será alargado. Tendo em conta esta declaração a AUS IP3 reafirma que continuará a reivindicar uma solução não portajada para esta via estruturante para o desenvolvimento de toda esta região, e que não admitirá, e considerará um ultraje às populações qualquer esquema de implementação de portagens faseado/encapotado.

A Associação de Utentes e Sobreviventes do IP3 reafirma a urgência de intervenção nesta via. Que avancem as obras sem mais demoras, porque os sucessivos acidentes que continuam a acontecer ilustram bem a perigosidade da via e a urgência da sua requalificação. As vidas humanas não têm preço e por isso continuaremos a reivindicar a requalificação integral do IP3 em perfil de auto-estrada sem portagens, para que de uma vez por todas deixem de existir pontos negros no futuro traçado do IP3.

O projeto apresentado com o lema “IP3 – A solução de mobilidade para mais segurança” não pode deixar de contemplar a requalificação integral do IP3 em perfil de auto-estrada, com mais segurança para os utilizadores e, sem portagens. Agora que foi lançado o primeiro concurso para a requalificação que comecem as obras o quanto antes, porque as populações estão fartas de negligência e abandono. A Associação de Utentes e Sobreviventes do IP3 não deixará de estar atenta ao cumprimento dos prazos e exigir um calendário concreto para a execução da obra.

A AUS IP3 não pode deixar de registar a elevada dose de demagogia patente nas declarações do 1º Ministro fazendo passar a ideia de que a realização desta obra impede o governo de realizar outras ou de actualizar salários da Função Pública, colocando os portugueses, uns contra outros.

É inaceitável que se venha agora culpar quem lutou por esta importante obra, onde morreram cerca de 200 pessoas (17 pessoas nos últimos 5 anos), pelo que quer que seja. A solução há muito reclamada por esta Associação era, como se prova agora, a mais barata (cerca de metade do que estava previsto para uma autoestrada) e que já podia ter evitado muitas daquelas vítimas.

Não são os 134 milhões de euros que o IP3 custará, repartidos por vários anos, que impedem que o governo invista na saúde, nos salários ou em obras, mas sim as opções políticas de quem prefere injectar mais de 2200 milhões de euros no BANIF para lavar os crimes de quem arruinou a vida de muitas famílias e a economia do país.

 

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