O Tribunal de Viseu decretou hoje prisão preventiva como medida de coação para o homem de 62 anos suspeito de, na quarta-feira, ter provocado um incêndio e explosões numa antiga serralharia em Vale de Madeiros, Nelas.
Fonte da Polícia Judiciária disse à agência Lusa que o suspeito, que foi ouvido na tarde de hoje no Tribunal de Viseu, “ficou em prisão preventiva”.
Fonte do tribunal informou que o homem foi acusado “pelo crime de incêndio, por seis crimes de homicídio qualificado na forma tentada e dois crimes por [posse de] arma proibida”.
O homem de 62 anos, segundo a GNR, tinha sido “detido em flagrante delito” ainda na quarta-feira, em Vale de Madeiros, na freguesia de Canas de Senhorim, concelho de Nelas (distrito de Viseu), na sequência de “vários ilícitos”, entre os quais “o de possível fogo posto numa antiga serralharia da qual é proprietário”.
No decorrer das diligências, adiantou à agência Lusa fonte da GNR, “foram averiguados novos dados e o processo, tal como o detido, passou para a responsabilidade da Polícia Judiciária” de Coimbra.
Pelas 15:07 desta quarta-feira, “foi dado um alerta para um incêndio num armazém de serralharia e foram despachados meios e equipas de combate a incêndio para o local”, explicou, então, aos jornalistas o comandante distrital das operações de socorro (CODIS) de Viseu.
Ao chegarem ao local, “os operacionais foram confrontados com várias explosões, tendo resultado desta operação seis feridos, cinco dos quais são bombeiros, dois deles graves, e um é militar da GNR”, continuou Miguel Ângelo David.
A médica do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) disse aos jornalistas, no local, na mesma ocasião, que um dos feridos graves “apresentava trauma ao nível abdominal e outro no membro inferior” e foram transferidos para o Centro Hospitalar Tondela-Viseu (CHTV).
Segundo um comunicado de imprensa do CHTV, os dois feridos graves “deram entrada no bloco operatório” e que um deles “já foi transferido para a enfermaria”, enquanto o segundo “encontra-se na unidade de cuidados intensivos”.
“Os restantes elementos, considerados feridos ligeiros, foram observados na sala de urgência, tendo tido alta pouco depois”, refere a nota de imprensa enviada à agência Lusa, pelo CHTV, na quinta-feira.
Um sexto ferido ligeiro, que foi transportado diretamente para o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, “teve alta domiciliária no mesmo dia”, disse à agência Lusa fonte hospitalar.
A operação em Vale de Madeiros, envolveu, segundo o CODIS, “41 veículos e 95 operacionais, oriundos de várias entidades” e de vários pontos geográficos, assim como “pessoas locais que deram apoio com meios próprios”.
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