A herança do ditador António de Oliveira Salazar começou esta quarta a ser discutida no Tribunal de Viseu. Um dos herdeiros doou parte do espólio do ditador ao município de Santa Comba Dão, sendo que, ocaso nunca foi pacífico.
A herança do ditador é constituída por imóveis, documentos e bens pessoais. Um terço destes bens, que continuam na terra onde Salazar nasceu, foi já doado ao município de Santa Comba Dão.
A escritura de doação dos bens foifeita em 2006, envolvendo um sobrinho-neto do Ditador. Em fevereiro de 2014 o mesmo sobrinho-neto reclamou a devolução dos bens e em agosto desse ano foi feito um pedido legal para a anulação da doação.
O processo chega agora a tribunal e os herdeiros reclamam a “reversão da doação ou o pagamento de uma indemnização”, adianta Leonel Gouveia, presidente da autarquia de Santa Comba, que em declarações á TSF referiu que se mostra “tranquilo” com o processo.
Os irmãos Rui e António Salazar, são os principais herdeiros do antigo presidente do Conselho de Estado. São proprietários dos terrenos e da casa onde morou o ditador e de alguns bens pessoais. Um espólio que teve sempre como destino rechear o Museu Salazar, proposto pela câmara de Santa Comba Dão e que agora mudou o nome para Centro de Estudos do Estado Novo.
O processo corre termos no Tribunal de Viseu e a família de Salazar reclama uma indemnização de 324 mil euros ou a reversão da doação dos bens do ditador.
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