O presidente da distrital de Viseu do CDS/PP, Hélder Amaral, diz que as respostas à rutura do serviço de Oncologia do Centro Hospitalar Tondela Viseu (CHTV) são “um tratamento paliativo” e não um tratamento definitivo.
Segundo Hélder Amaral, “por um [médico] ter pedido para rescindir é que levou à rutura” do serviço de Oncologia de Viseu denunciada num comunicado conjunto de sindicatos médicos e da Ordem dos Médicos.
O dirigente centrista adiantou que o presidente do conselho de administração lhe comunicou, tal como a ministra da Saúde tinha anunciado na semana passada, que o serviço iria ser reforçado “com alguns médicos de Coimbra e de Vila Real”, através da assinatura de protocolos, que “irão prestar serviço até à normalização da situação”.
Hélder Amaral adiantou que este tipo de acordos “é bom e até deveria haver mais deste tipo no país”, mas, segundo disse, “o serviço do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro também está em rutura”, temendo que estes médicos possam “não conseguir cumprir o protocolo”.
O presidente da distrital do CDS adianta que o serviço de Oncologia “tem um aumento significativo de utentes”, segundo os números facultados pela administração: “Em 2018, tinham sido tratados 1.600 utentes e, em 2019, já vão com 1.200, ou seja, um aumento muito significativo de doentes”.
Para Hélder Amaral, “a única solução poderá passar pela construção do novo centro oncológico”, uma valência que “a administração do hospital disse que não foi uma promessa do nada” e que o CHTV “precisa mesmo de um centro oncológico devidamente equipado em Viseu”.
Para Hélder Amaral, “não é uma maca ou um novo acelerador que resolve o problema, nem mesmo um novo edifício que custa à volta de seis milhões” de euros, “porque não há garantia do seu equipamento”.
Sobre as carências “mais significativas” do Centro Hospitalar Tondela Viseu “estão as listas de espera e problemas graves em Urologia, Dermatologia e Ortopedia, que são os serviços que apresentam grandes dificuldades, bem como a Psiquiatria”, adiantou Hélder Amaral, que considerou a unidade de saúde como “uma bomba-relógio”.
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