“Em todos os locais, sentem-se grandes perturbações, quer nos centros de saúde, quer nos hospitais” da região Centro, disse à agência Lusa o coordenador do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas (STFP) do Centro, José Dias.
Segundo o dirigente sindical, durante o turno da noite, apenas foram cumpridos os serviços mínimos nas principais unidades hospitalares da região Centro.
Depois de uma adesão “praticamente total” durante a noite, nos turnos da manhã sentem-se perturbações muito elevadas nos diferentes hospitais, nomeadamente nas “cirurgias programadas, urgências e internamentos”.
Já nas consultas externas, regista-se também uma grande adesão, com várias consultas a não funcionarem, acrescentou.
“A adesão é transversal e enorme porque os trabalhadores estão cansados. A falta de pessoal é imensa”, sublinhou José Dias.
Segundo o coordenador do STFP do Centro, para além do excesso de trabalho, há também várias reivindicações, relacionadas com a carreira, condições salariais e regularização dos trabalhadores precários.
Os trabalhadores reivindicam a aplicação do horário de trabalho de 35 horas semanais, progressão de carreira, dignificação das carreiras da área da saúde, reforço de recursos humanos, pagamento de horas de trabalho extraordinário, e a aplicação do subsistema de saúde ADSE (para funcionários públicos) a todos os trabalhadores.
No pré-aviso de greve estão abrangidos os trabalhadores, exceto médicos e enfermeiros, que trabalham nos serviços tutelados pelo Ministério da Saúde, como os hospitais, que “sentem forte indignação pela degradação crescente das suas condições de trabalho”.
Lusa
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