O centro histórico de Viseu será, na primeira semana de julho, animado por mais de 200 propostas culturais do festival Mescla, esta é uma resposta da autarquia ao “espaço vazio” deixado pela suspensão dos Jardins Efémeros, anunciada há três meses.
Segundo o autarca, o repto foi no sentido de ser criado “um evento cultural de animação urbana, inclusivo e não elitista, que abrisse a temporada de verão em Viseu e que fomentasse a frequência da zona antiga da cidade, a atividade económica e o turismo, assim como os hábitos culturais”.
“Em três meses foi possível criar esta dinâmica”, realçou o autarca Almeida Henriques, acrescentando que o Mescla é um festival com “uma marca cultural própria e distintiva”.
Apesar de o Mescla surgir para dar resposta ao “espaço vazio que ficou com o inesperado cancelamento dos Jardins Efémeros”, o município não tem “qualquer objetivo de os substituir, afirmou o autarca.
O orçamento do Mescla é exatamente o mesmo que a autarquia tinha para os Jardins Efémeros, mas o número de dias de programação é maior.
De 01 a 07 de julho, o programa promete várias expressões artísticas, como a escultura, a instalação, a música, o teatro, o novo circo, o café-concerto, a poesia, a literatura, a fotografia, o cinema, a arqueologia e a história.
O festival ocupará vinte espaços do centro histórico de Viseu, que estará encerrado ao trânsito automóvel das 16:00 às 02:00 durante essa semana.
O vereador da Cultura, Jorge Sobrado, salientou que este festival “é um caleidoscópio de disciplinas artísticas e culturais”, tendo como temáticas a luz e as viagens.
Irão participar dezenas de artistas e coletivos radicados na cidade de Viriato e também nomes nacionais e internacionais, em diferentes áreas de expressão.
No que respeita ao plano nacional e internacional, o vereador aludiu à presença do coletivo francês La Meute, dos Palmilha Dentada, da Companhia de Música Teatral, do Festival Monstra, do coletivo Ovo Alado. Vão também poder ouvir-se nomes como Noiserv, Fogo Fogo, Marta Ren, Elisa Rodrigues, SURMA, Solar Corona e Sopa de Pedra.
De Viseu, estarão nomes como Moullinex, Gira Sol Azul e a Viseu Big Band, o Teatro Mais Pequeno do Mundo, de Graeme Pullyen, João Lugatte, Ricardo Bernardo e Ricardo Silva (em residência), o projeto CRETA, de Guilherme Gomes (com diversos atores viseenses), a ZunZum, a Tribal, a Ritual de Domingo e Sónia Barbosa, Luís Belo, John Gallo, Inês Flor, Cláudia Sousa, o CARMO 81 e “Sr. Jorge” e a associação Memória Comum.
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