Feira de São Mateus é a primeira feira do país a receber a certificação de evento sustentável, uma vez que vai implementar 53 medidas para a sustentabilidade nas vertentes social, económica e ambiental.
“O plano de ação para a sustentabilidade engloba 53 medidas em três vertentes – social, económica e ambiental – e será implementado ao longo de quatro anos, com novidades já na edição deste ano”, anunciou hoje a entidade organizadora do certame, a Viseu Marca.
Segundo o presidente da empresa, Pedro Alves, esta é a “primeira feira do país a receber a certificação de evento sustentável” e está alinhada “com os Objetivos de Desenvolvimento das Nações Unidas” para 2030.
“Um reconhecimento inédito, a nível nacional, atribuído pela Biosphere Responsible Tourism, um referencial reconhecido à escala internacional pelo GSTC – Global Sustainable Tourism Council”, susblinhou.
No entender de Pedro Alves, a certificação “é uma decorrência do estatuto que Viseu tem consolidado ao longo dos anos” e, desta forma, a Viseu Marca quer “posicionar também a Feira de São Mateus na liderança nacional em matéria de sustentabilidade”
“Temos como objetivo transformá-la no primeiro certame carbono zero, inclusivo e acessível. Estamos totalmente comprometidos com esse desafio, da sustentabilidade, que cada vez mais se sente a nível global e para o qual queremos contribuir”, assumiu.
Assim, a 631.ª edição da Feira de São Mateus (FSM), que decorre entre 10 de agosto e 21 de setembro, contempla “diversas iniciativas” em áreas como economia, sociedade, cultura, ambiente e alterações climáticas, que serão prolongadas ao longo de quatro anos.
Entre essas medidas, Pedro Alves destacou a distribuição de “manuais de acolhimento para feirantes e colaboradores, com indicação de boas práticas na área da sustentabilidade”.
Com isto, a Viseu Marca fará a “atribuição do selo “Feira + Sustentável” a todos os ‘stakeholders’ [feirantes] que se destaquem no cumprimento” de ações como “poupança de recursos energéticos e água”.
A organização criará “estímulo à visita gratuita por parte de públicos institucionalizados” e vai criar um “corredor azul junto ao palco principal destinado a pessoas com mobilidade reduzida”.
Também haverá um “cabaz solidário para recolha de artigos, como roupa e alimentos” e será feita uma “parceria com entidade local para combater o desperdício alimentar”, assim como a criação de “um espaço para rastreio de problemas de saúde”.
Os operadores da FSM vão ser “estimulados a substituir lâmpadas tradicionais por LED” e decorrerá “uma campanha de sensibilização para eliminação do plástico” com um “reforço da aquisição de copos reutilizáveis”.
Os “resultados e impactos” das 53 medidas do plano de ação de sustentabilidade, afirmou Pedro Alves, serão apresentados num “relatório anual de sustentabilidade” com o intuito de “acelerar a transição para uma feira mais digital”.
Com a implementação deste plano, acrescentou, “a FSM vai tornar-se mais transparente, mais influenciadora, mais inclusiva, mais responsável e mais comprometida”.
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