Com a intenção de eliminar por completo o amianto presente nas escolas, a associação ambientalista ZERO, o “Movimento Escolas Sem Amianto” e a FENPROF lançaram uma petição nacional.
O objetivo é a recolha de mais de quatro mil
assinaturas para levar a petição a debate em plenário da Assembleia da
República, esperando que dele resultem iniciativas parlamentares que contribuam
para a resolução de um grave problema que se arrasta há anos.
As três entidades exigem que sejam tomadas as medidas necessárias e destinadas
ao Governo, nomeadamente na divulgação da lista atualizada de escolas públicas
com presença de materiais contendo amianto.
No concelho de Sátão, dois dos pavilhões da Escola Secundária Frei Rosa Viterbo e na Escola Básica de Ferreira de Aves, têm ainda coberturas em amianto, no total são cerca de 3500 m2.
João Abreu do PCP Viseu, em declarações à Alive Fm, recordou que o Partido Ecologista Os verdes, já em Maio deste ano tinha questionado o Ministério da Educação, para quando estava prevista a intervenção nas cobertura dos estabelecimentos de ensino no concelho de Sátão.
O PCP espera que o Governo tenha inscritas no inventário a eliminação das placas de fibrocimento nestas duas escolas.
O Grupo Parlamentar do PCP na Assembleia da República, salienta João Abreu, está disponível para avançar com diligências para que o amianto existentes nas duas escolas de Sátão e no distrito e Viseu, seja substituído.
O PCP de Viseu alerta os municípios para que estejam atentos da intenção do Governo de passar a transferência de competência da educação para as câmaras, porque caso as obras não sejam feitas antes da medida entrar em vigor, os encargos vão ficar da responsabilidade dos municípios.
A associação ambientalista ZERO, o “Movimento Escolas Sem Amianto” e a FENPROF, referem ainda no mesmo comunicado que o levantamento de materiais contendo amianto em diversos edifícios públicos foi realizado de forma muito incompleta, focando-se essencialmente no fibrocimento, deixando de fora muitos outros materiais que também contêm amianto e que são um risco para a saúde da comunidade escolar.
O ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, diz que o Governo nestes últimos quatro anos removeu milhares de coberturas em amianto nas escolas, classificando-o de trabalho invisível mas que não tem parado.
O ministro explicou ainda que apesar de existirem várias placas de fibrocimento nas escolas não significa que contenham amianto, pedido que se evite um alarmismo social.
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