A empresa de transportes Patinter, que tem sede em Mangualde, colocou cerca de 450 trabalhadores em regime de `lay-off` devido à crise provocada pela covid-19.
“Infelizmente, somos uma empresa que trabalha muito na área do transporte internacional e também muito com a indústria automóvel, que foi das mais afetadas”, explicou Pedro Polónio, lembrando que “a larguíssima maioria das fábricas de produção automóvel está ainda parada por toda a Europa”.
Neste contexto, “a forma mais inteligente de proteger os postos de trabalho” foi colocar trabalhadores no regime de `lay-off`.
“Caso contrário, estaria em causa a viabilidade da empresa”, explicou.
Pedro Polónio contou que, ao longo das últimas semanas, os trabalhadores foram parando gradualmente: “Uns foram trabalhando, outros foram parando, gozaram também algumas férias e agora deu-se a necessidade de entrarmos no regime de `lay-off`”.
“O `lay-off` foi requerido pelo prazo dos 30 dias, sem prejuízo de parte ou a totalidade dos trabalhadores poderem vir a ser retirados deste regime quando as condições de trabalho assim o determinarem, ou seja, quando os nossos clientes nos pedirem trabalho que justifique a colocação dos camiões na estrada”, frisou.
Segundo o diretor da Patinter, mesmo neste contexto, a empresa continua com uma parte da frota a trabalhar, porque há setores de atividade que cobre “que nem sequer foram afetados”.
A Patinter Portugal tem perto de mil funcionários.
“Temos motoristas que não foram afetados, que fazem (transporte) nacional, distribuição alimentar e distribuição de contentores marítimos. Aí está tudo a andar o mais normal possível e há uma parte que está a andar também no (transporte) internacional. Mas é uma evidência que, não havendo trabalho para todos, não nos restou outra alternativa”, justificou.
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