A Base Nacional dos Caminheiros, a Mítica Aldeia da Drave, também sofreu com os últimos incêndios do país. Não pertence ao distrito de Viseu, mas é a segunda casa de muitos escuteiros da nossa região.
Neste fim de semana, aquando uma actividade chamada “Sol a Sol”, 42 Caminheiros, do Corpo Nacional de Escutas, assistiram ao avançar das chamas.
Luís Rodrigues, da Equipa de Gestão da Base Nacional da IV, explicou que o fogo veio de Arouca, passou por São Pedro de Sul, subiu Covas do Monte, andou pelo Portal do Inferno e na sexta-feira chegou ao monte da Drave. Nesse dia, a aldeia teve de ser evacuada.
Com acessos difíceis, o Chefe lamenta a falta de bombeiros e refere que todo o combate foi feito pelos próprios escuteiros.
Luís Rodrigues diz que ainda assim, no meio de muito azar, tiveram muita sorte. Apesar de todo o terreno à volta ter ardido… a aldeia em si mantém-se intacta.
O incêndio foi dado como apagado no domingo mas ontem reacendeu com a intensidade do tempo. Aí sim, já contaram com duas ou três descargas de um meio aéreo.
Não é a primeira vez que a Aldeia Mágica vive este drama. Há cerca de 4 anos sofreu com um incêndio semelhante.
Por agora, o dirigente diz que a Drave, apesar do cenário negro à volta, não perde a magia.
No futuro é preciso puxar as mangas para trás e trabalhar no duro para revitalizar a aldeia. Nas palavras de Luís, “se fosse fácil não seria para nós”.
Peça de Maria Sousa/AliveFm
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