O director do Museu Nacional Grão Vasco em Viseu, Agostinho Ribeiro, em declarações à Lusa, esclareceu que se vai manter no cargo apenas até ao final deste mês. Altura em que acaba a sua comissão de serviço.
Recusou ficar em gestão corrente porque “as comemorações do centenário do museu ainda estão a decorrer” e defende “que um director em gestão corrente ficaria menorizado, o que não seria abonatório”.
Para ele, é preferível que, a partir do dia 31, seja colocada no Museu Nacional Grão Vasco uma pessoa em regime de substituição que dê continuidade ao bom trabalho, que favoreça a conclusão das comemorações do centenário e que mantenha a dignidade e o bom nome da instituição.
No final de 2016, Agostinho Ribeiro foi informado de que a sua comissão de serviço como director do Museu Nacional Grão Vasco não seria renovada.
Agostinho Ribeiro disse à Lusa que se manteve em silêncio porque tinha interposto recurso hierárquico ao ministro da Cultura.
Os prazos já tinham sido ultrapassados e não houve decisão do recurso.
Agostinho Ribeiro lamentou ter de sair do museu, porque se sentia motivado para continuar a desenvolver actividades que o dignificassem.
Pediu a renovação, não lhe foi concedida, interpôs recurso e não obteve resposta.
A saída de Agostinho Ribeiro levou a que a Câmara Municipal de Viseu pedisse ao Governo que fosse reconduzido no cargo.
Agostinho Ribeiro diz-se orgulhoso por, em ano de centenário, o número de visitantes ter aumentado 33% e de ser o quinto museu do Estado mais visitado. Mais acrescentou que, nos últimos três anos, as receitas anuais cresceram 24% e 19% nas entradas.
O director escreveu um texto de agradecimento que conta com mais de 330 gostos e várias mensagens de apoio.
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