O presidente da Câmara Municipal de Viseu disse que é necessário mais de um milhão de euros para desmantelar sete estações de tratamento de águas residuais (ETAR) desativadas em 2016.
“Estas sete ETAR para serem desmanteladas necessitam de um investimento que ultrapassa um milhão de euros. Nenhuma delas está ativa e, a maior, de longe, é a de São Salvador que, só para essa são necessários mais de 840 mil euros”, apontou Fernando Ruas.
Para o desmantelamento destas setes estações desativadas no concelho de Viseu, em 2016, altura em que entrou em funcionamento a nova ETAR de Viseu, o presidente da Câmara pediu ajuda ao ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, com quem se reuniu esta semana.
“O ministro ficou em saber se haveria fontes de financiamento para esta situação, o que achamos perfeitamente normal, porque se se arranja financiamento para fazer uma ETAR nova, tem de se pensar o que fazer àquela que é abandonada”, argumentou.
Fernando Ruas disse aos jornalistas, no final da reunião do executivo municipal de Viseu, que a ETAR de São Salvador, além de ser a maior, também é, consequentemente, a que necessita de maior investimento, pois localiza-se numa “zona de clara expansão”.
“Situa-se junto à Póvoa de Medronhosa, onde apareceram uma série de vivendas e não podem ter ali aquilo eternamente, com todo o aspeto que aquilo tem. As ETAR desativadas precisam de ser desmanteladas, não tanto por causarem problemas ambientais, mas visuais”, defendeu.
A par da estação de São Salvador, há outras seis: a de Póvoa de Sobrinhos, de Ranhados, de Repeses, do Parque Industrial de Coimbrões, de Teivas/Cabanões, de Vila Chã de Sá e, ainda, uma estação elevatória na Ribeira de Mide.
“Está tudo desativado, só que estão lá. Quando se pensa numa coisa destas, numa ETAR nova, tem de se pensar logo no que fazer à que se abandona, porque se não começam a aparecer e a ficar espalhados pontos negros no território”, sublinhou.
A nova ETAR de Viseu, inaugurada em 25 de agosto de 2016, pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e pelo então presidente da Câmara de Viseu, António Almeida Henriques, envolveu um investimento de 31 milhões de euros, comparticipado em 85% por fundos comunitários, no âmbito do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN).
Na altura, o autarca explicou que “foi construída com tecnologia inovadora de filtração por membranas, permitindo a desativação de ETAR do concelho que já não cumpriam os normativos ambientais comunitários”.
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