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Depoimento do enfermeiro que tirou Caetano da mala do carro porque podia estar vivo

O enfermeiro Filipe Ferreira, que trabalhava nos bombeiros voluntários de Aguiar da Beira, foi outra das testemunhas a ser ouvida no julgamento de Pedro Dias. Andou com o militar assassinado Carlos Caetano e com Liliane Pinto na escola. Conhecia-os bem. Filipe Ferreira ia numa das ambulâncias pedidas para a casa do Cabo Santos (miliar que ajudou o baleado António Ferreira) com a bombeira Joana Gonçalves.

Nas declarações que prestou explicou que o GNR Santos levava António Ferreira pelos braços, com um polo azul enrolado à cabeça e pedia encarecidamente para que não lhe retirassem o polo porque tinha sido baleado na cabeça. Nessa altura, foi-lhe ainda dito que Caetano se encontrava na bagageira do carro patrulha e mantiveram a esperança que pudesse estar vivo. Esperaram que a viatura fosse localizada e de seguida seguiram para a Quinta das Lameiras onde o carro foi encontrado. Chegados ao local, os militares presentes pediram-lhe para fazer o trabalho que era suposto, mas para tentarem ao máximo “preservar o local o máximo possível”.

Quando levantaram a porta da bagageira, aperceberam-se que não estava trancada, o corpo de Carlos Caetano estava deitado sobre o lado direto, em posição fetal, com pernas fletidas e com os braços semi-fletidos.

O enfermeiro Filipe Ferreira, como não conseguia aperceber-se se ainda havia sinais vitais, pediu para retirar o corpo da mala. Os militares consentiram e deixaram-nos à vontade para fazer o trabalho que seria suposto. Com o corpo de Caetano fora da bagageira concluíram que estava morto. Os GNR’s ajudaram a transportá-lo para a ambulância para ser sujeito a manobras de reanimação.

Nessa altura, o enfermeiro disse ter reparado num ferimento que o militar tinha na cara e pouco tempo depois a VMER chegou para declarar o óbito no local.

Filipe Ferreira afirmou que foi ainda encontrado um documento de identificação dentro da ambulância que se julgava ser uma carta de condução. O militar que encontrou o documento perguntou a quem estava presente se o documento pertencia a algum deles e toda a gente negou. Tratava-se de Pedro Dias.

 

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