Memorando foi ontem assinado no âmbito da visita do Comissário Europeu Carlos Moedas ao concelho de Viseu
O Município de Viseu celebrou ontem um memorando de entendimento para o investimento da Critical Software no concelho, com um novo Centro de Engenharia. O Presidente da Câmara Municipal, Almeida Henriques, e o CEO da Critical Software, Gonçalo Quadros, presidiram a este ato público de assinatura.
O investimento de 5,5 milhões de euros será realizado ao longo dos próximos três anos e representa a criação estimada de 50 postos de trabalho. O Centro será radicado na incubadora de base tecnológica e científica “Vissaium XXI” , na Universidade Católica.
Almeida Henriques salientou o caminho que se tem vindo a percorrer no âmbito da captação de investimento e novas tecnologias. “Apostámos no empreendedorismo tecnológico na área das Smart Cities, na ‘Internet das Coisas’, e criámos a incubadora tecnológica de Viseu. Assim captámos 24 novos investimentos, que no seu conjunto representam mais de 137 milhões de euros e significam a criação de 1700 novos postos de trabalho. Acima de tudo, melhorámos a qualidade de vida e isso repercute-se na felicidade dos nossos concidadãos”.
O autarca anunciou ainda que até 2019, fruto destes investimentos, a cidade irá contratar 300 engenheiros, tendo já criado 200 novos postos no último ano e meio.
A assinatura deste memorando, em cerimónia pública nos Paços do Concelho, decorreu no âmbito da cerimónia de receção oficial do Comissário Europeu Carlos Moedas, que esteve em visita ao distrito de Viseu nos últimos dois dias.
Este é o 6º Roteiro da Ciência do Comissário Europeu num périplo de promoção da Investigação, Ciência e Inovação e de apresentação dos instrumentos europeus que estão à sua disposição, como o Horizonte 2020, os Fundos Estruturais e Plano de Investimento Juncker. Na cidade-região, o Comissário aproveitou para conhecer casos práticos de sucesso que vêm na senda da estratégia da autarquia na aposta nas tecnologias de informação.
Depois de uma visita a várias empresas da região, e de encontros com empresários e empreendedores, o Comissário Europeu deixou a cidade com esperança de voltar. “Acho que o trabalho feito aqui foi a construção de um ecossistema porque as pessoas não vão vir apenas por um fator. Têm de ter a universidade, as empresas, a dinâmica, os jovens e temos de estar todos em conjunto. Esta construção demora tempo, mas quando se consegue criar, não há fronteiras físicas e o mundo já não depende delas”.
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