O Teatro Viriato, de Viseu, propõe que o 25 de Abril deste ano se comemore com um “assalto revolucionário”, recuperando a memória de 1974 no âmbito do programa comemorativo “Há Revolução na Montanha”.
Em comunicado, o Teatro Viriato explica que, tal como em 1974, esta revolução “inicia-se com a senha e contrassenha que dão o sinal para avançar, lado a lado, com os capitães deste abril, Aldina Duarte e Jorge Silva Melo”.
Esta será “uma comunicação com transmissão ‘online’ para assistir no SubPalco, esta sexta-feira, às 22:55”.
Para sábado, foi desenhado um “programa em várias frentes”, no qual “o Teatro do Vestido, com a cumplicidade do Teatro Viriato, sobe a montanha da liberdade”, avançando “pelas ruas de Lisboa, com a estreia da performance ‘E naquele dia saímos para uma cidade lavada e livre’, construída propositadamente para assinalar o dia 25 de abril de 2020”.
“Ao longo de 12 horas, e até às 20:00, Joana Craveiro com a sua lancheira, um mapa e alguns objetos, reencontrar-se-á no percurso da revolução”, explica o Teatro Viriato, acrescentando que, “ao longo deste novo assalto, comunicados poéticos serão lançados, partilhando assim as ‘estórias’ da história de uma revolução, sempre em direto para o SubPalco”.
De manhã, será lançada na rádio e nas plataformas digitais do Teatro Viriato a palestra “Português Entrecortado”, um excerto de “Um Museu Vivo de Memórias Pequenas e Esquecidas”, espetáculo do Teatro do Vestido que reflete sobre 80 anos de história de Portugal.
“Neste excerto, gravado durante uma apresentação em fevereiro de 2020, no Teatro Viriato, são desfiadas ao microfone memórias de um golpe militar mais tarde tornado revolução popular, a partir das comunicações radiofónicas, televisivas, de senhas musicais ou senhas em papéis amarelos”, avança.
Entretanto – acrescenta – “os cúmplices do Teatro do Vestido Alexandra Freudenthal, Tânia Guerreiro e Estêvão Antunes descreverão com a poesia dos grandes dias o que se via das janelas e do Cristo Rei, em ‘Crónicas das Entrelinhas’, à distância de um telefonema para o Consultório Revolucionário”.
No domingo, o Consultório Revolucionário regressará com o Teatro do Vestido, centrando-se na libertação dos presos políticos de Caxias.
“Tal como o dia 25 de Abril de 1974 ecoou na imprensa estrangeira, também este novo assalto irá além-fronteiras, com o encenador e dramaturgo Jorge Andrade, da Mala Voadora, que irá analisar a imponderabilidade do curso da História”, acrescenta.
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