A diretora do Teatro Viriato assumiu em conferência de imprensa que foi feita uma releitura de toda a programação, até ao fim do ano, tendo em conta o corte no orçamento, e houve projetos adiados e outros que acabaram por sair de agenda.
Na conferência de imprensa de apresentação da programação do Teatro Viriato para os últimos quatro meses deste ano, a diretora adiantou que “havia projetos de elevado custo, com um volume grande de equipas artísticas e não foi possível” trazer a cena, devido ao corte de cerca de 90 mil euros no orçamento, por parte da Direção-Geral das Artes (DGArtes).
Paula Garcia realçou que “é evidente que é um impacto grande na programação”, mas considerou que “talvez seja difícil para o público em geral perceber esse impacto”, já dentro de portas”, tenha sido sentido, até porque houve a perda de dois elementos da equipa, uma vez que não houve renovação de um contrato, na área da comunicação, e, na área técnica.
“Ainda hoje não compreendemos como é possível que um projeto com um historial como o do Teatro Viriato”, que ficou “em primeiro lugar, a nível nacional”, no concurso de apoio sustentado da DGArtes, na área de cruzamentos disciplinares, tenha levado “um grande corte no orçamento”, referiu a diretora.
O vereador da Cultura da Câmara Municipal de Viseu, presente na conferência de imprensa, disse que se “torna muito mais difícil o trabalho do Teatro Viriato” e, ‘vestindo a pele’ das estruturas que sofreram os cortes, assumiu que “é [preciso] saber desmontar um quebra-cabeças”.
“Não é sustentável, a médio e longo prazo, viver com limitações financeiras de financiamento do Estado central deste nível, e o país não esquece a promessa de uma política cultural” mais justa, “assente em, pelo menos, salvo erro, 1% do Orçamento do Estado”, salientou Jorge Sobrado.
O vereador lembrou que a autarquia viseense, este ano, “destinou 6% do seu orçamento à cultura.
O Teatro Viriato (Centro de Artes do Espetáculo de Viseu – Associação Cultural e Pedagógica) concorreu ao Programa de Apoio Sustentado, na área de cruzamentos disciplinares, tendo ficado em primeiro lugar, nos resultados nacionais, com um apoio global de 1,320 milhões de euros, de 2018 a 2021, com valores anuais a atribuir entre os 307 mil e os 337 mil euros.
De acordo com os mapas da DGArtes, o montante solicitado pelo teatro ascendia a 1,599 milhões de euros, para o quadriénio, até 2021.
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