A Comunidade Intermunicipal (CIM) Viseu Dão Lafões emitiu hoje um comunicado apontando como “inverdades” as acusações feitas pelo Sindicato Nacional da Proteção Civil sobre as condições de trabalho dos sapadores florestais da Comunidade.
“Sob a capa do SNPC – Sindicato Nacional da Proteção Civil, Setor da Conservação da Natureza e Floresta, um indivíduo não identificado, por certo, por cobardia, veiculou em diversos órgãos da comunicação social um chorrilho de inverdades acerca das condições de trabalho dos sapadores florestais da CIM Viseu Dão Lafões”, afirma.
A nota de imprensa foi enviada pelo departamento de comunicação da CIM Viseu Dão Lafões em reação às declarações do coordenador nacional do setor da conservação da natureza e das florestas do SNPC, esta quarta-feira, que acusou este organismo de “intimidar e ameaçar” os seus sapadores florestais.
Alexandre Carvalho disse à Alive Fm, que os trabalhadores da CIM Viseu Dão Lafões, “sapadores florestais, estavam a desempenhar uma função como se se tratasse de um dia normal” e não de mau tempo como estava na terça-feira.
“Ali andavam abandonados à chuva, e chovia torrencialmente, sem um único ponto de abrigo, ou seja, as carrinhas que lhes estavam afetas não se encontravam no local. Ficámos incrédulos, quando encontrámos aquela situação de total abandono a estes trabalhadores”, acusou Alexandre Carvalho.
A CIM Viseu Dão Lafões na nota de imprensa hoje divulgada assume que, “no passado dia 13 [terça-feira] de setembro em Sanguinhedo das Maçãs, onde os sapadores florestais, empenhados em ação de silvicultura preventiva, foram sujeitos à chuva que se fez sentir”.
“No período compreendido entre as 09:45 e as 11:25, os sapadores florestais não tiveram o abrigo dos veículos de apoio uma vez que, por eles próprios, os haviam conduzido à oficina para instalação de equipamento”, justifica.
Uma situação que “serviu apenas de pretexto para expelir rancor injurioso cuja causa se desconhece” já que, lê-se no documento, “o que move o seu autor nada tem a ver com o episódio de trabalho à chuva”.
“Não pode, no entanto, a CIM Viseu Dão Lafões deixar de informar todo o seu apreço pelo trabalho e ação dos nossos sapadores florestais, por quem a CIM tem desenvolvido investimento na sua capacitação ao abrigo de projetos europeus da sua iniciativa”, sublinha.
A título de exemplo, a CIM destaca “o projeto europeu Life – Landscape Fire, único projeto liderado por uma entidade portuguesa a ser aprovado pela Comissão Europeia, neste âmbito, e que visa a implementação das melhores práticas na área da silvopastorícia e que permitiu que os sapadores florestais fossem capacitados como operacionais de queima”.
“Aliás, é bem patente a estratégia intermunicipal que a CIM Viseu Dão Lafões e todos os seus municípios têm trilhado no domínio da proteção civil intermunicipal e da defesa da floresta, e que, felizmente, é do conhecimento pleno dos nossos sapadores florestais, em várias áreas de intervenção”, argumenta.
Entre as áreas de intervenção, a CIM aponta “a videovigilância, a criação de um Gabinete Técnico Florestal Intermunicipal, o mapeamento dos grandes incêndios ocorridos no território nos últimos 30 anos, assim como, através da capacitação de mais de duas dezenas de técnicos de fogo controlado, que contou com a participação de atores regionais, como os bombeiros, a GNR e o CDOS” (Comando Distrital de Operações de Socorro).
“A nobreza da missão dos sapadores florestais tem motivado o forte empenho da CIM na valorização da formação, capacitação e equipamento, nomeadamente os equipamentos de proteção individual, das suas Brigadas de Sapadores Florestais, facto que assumimos como nosso dever, não faltando exemplos do nosso empenho nesta matéria”, conclui.
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