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CIM Viseu Dão Lafões apresenta ao Governo plano para revitalizar a economia florestal

A Comunidade Intermunicipal (CIM) Viseu Dão Lafões aprovou ontem, 11 de dezembro, em reunião do Conselho Intermunicipal, realizada no Centro Municipal de Cultura de Castro Daire, o “Programa de Revitalização da Economia Florestal Viseu Dão Lafões”. Este plano estratégico, que visa responder aos desafios da preservação do território e à valorização da economia florestal, será agora remetido à Secretaria de Estado das Florestas.

Este plano estratégico está estruturado em cinco domínios temáticos: “Remoção de Obstáculos Jurídicos”“Valorização Económica, Social e Ambiental”“Gestão e Ordenamento do Território”“Simplificação e Desburocratização” e “Capacitação e Comunicação”.

Recorde-se que, em setembro, o Conselho de Ministros mandou o Ministério da Agricultura e das Pescas coordenar a elaboração do Plano de Intervenção para a Floresta 2025, em articulação com os Ministérios da Coesão Territorial, da Justiça e do Ambiente e Energia. Neste contexto, a CIM Viseu Dão Lafões de forma proativa decidiu contribuir com um conjunto de propostas e soluções para o desenvolvimento sustentável da floresta e o fortalecimento da economia florestal da região, alinhando-se com as diretrizes do Governo. 

A proposta da CIM Viseu Dão Lafões, agora aprovada, foi desenvolvida a partir de um amplo processo participativo e reflete contributos recolhidos durante o workshop “Recuperar as Áreas Ardidas, Inovar nos Territórios”, que teve lugar no dia 28 de novembro, também em Castro Daire. Neste evento, participaram entidades que integram a Plataforma Colaborativa para o Desenvolvimento Rural, os municípios, através dos seus Gabinetes Técnicos Florestais, e diversas organizações de produtores florestais.

Esta sessão permitiu identificar e sistematizar propostas concretas, agora integradas na proposta submetida. As medidas, entre outras, incluem a implementação de contratos-programa para a gestão ativa da floresta, o reforço do Programa de Transformação da Paisagem. Apela, ainda, à realização de investimentos nas explorações florestais, de modo a apoiar a sua revitalização e melhorar a sua eficiência. A gestão integrada de fogos rurais afigura-se como uma prioridade, com a criação de redes de gestão de combustíveis e a promoção de práticas de pastoreio extensivo e fogo controlado, como forma de prevenir e mitigar os riscos de incêndios.

O horizonte de 5 anos para estas ações garante uma abordagem a longo prazo, com um foco contínuo na recuperação ambiental, na valorização dos recursos florestais e na proteção das áreas vulneráveis, alinhando-se com as diretrizes do Governo para o ordenamento do território e a gestão dos riscos florestais.

Fernando RuasPresidente da CIM Viseu Dão Lafões, destaca a relevância desta proposta: “A floresta é um dos pilares da nossa economia, mas também um dos nossos maiores desafios. Este programa que vamos apresentar ao Governo reflete o compromisso da nossa região em recuperar as áreas afetadas pelos incêndios e liderar na gestão sustentável da floresta, um recurso essencial para a nossa economia e território.

Nuno MartinhoSecretário Executivo da CIM Viseu Dão Lafões, sublinha a dimensão colaborativa do processo: “Este documento é o resultado de um esforço coletivo, que envolveu peritos, autarquias, parceiros institucionais e sociedade civil. Estamos numa primeira fase de apresentação de contributos e propostas, cujo principal objetivo é poder inscrever no Plano de Intervenção para a Floresta o conjunto de linhas de diretrizes que tenham impacto nesta região, quer em matéria de programação de políticas públicas florestais, quer, muito principalmente, na concretização de projetos considerados relevantes para proteger o que não ardeu, estruturar novos domínios que permitam atrair investimento e inovar nos mercados, por forma a criar valor no território. Estamos confiantes de que esta proposta contribuirá significativamente para o futuro da floresta na nossa região e no país.”

 

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