A campanha da cereja no norte do distrito de Viseu deverá ser este ano muito positiva, quer no que respeita à quantidade, quer à qualidade, disseram à agência Lusa produtores dos concelhos de Lamego e de Resende.
“Se o tempo continuar assim, estão reunidas todas as condições para que o ano seja de boa produção e de boa qualidade”, afirmou Ricardo Simões, presidente da Amijóia – Associação de Amigos e Produtores da Cereja da Penajóia, do concelho de Lamego.
O presidente da Associação de Produtores da Cereja de Resende, Armindo Barbosa, explicou que, “normalmente, quando há menos um bocadinho de cereja, a qualidade é melhor”.
“Mas este ano, mesmo estando as plantas com muita produção, a qualidade está muito boa. A cereja está muito boa este ano”, sublinhou.
A apanha vai mais adiantada na Penajóia – freguesia sobranceira ao rio Douro -, já que começou em 20 de abril.
“Primeiro, apanhámos as variedades mais precoces e agora estamos a apanhar outras variedades que estão a vir. Este ano, as árvores estão bastante carregadas, têm bastante cereja e o tempo também está a ajudar”, contou Ricardo Simões.
Segundo o produtor, a cereja da Penajóia “é diferenciada pelo seu sabor e doçura”, graças ao facto de ser produzida nas margens do rio Douro.
Sem conseguir avançar números, Ricardo Simões garantiu que não faltará cereja na feira marcada para o último fim de semana de maio e que regressa ao centro da cidade de Lamego após dois anos de suspensão devido à pandemia de covid-19.
No concelho de Resende, segundo Armindo Barbosa, “a cereja este ano está atrasada”.
“Há quem já tenha iniciado a apanha, mas a maior parte dos produtores só o fará para meados do mês”, se o tempo se mantiver quente, estimou.
Armindo Barbosa só hoje começará a apanha, quando em outros anos o fazia “a 27 ou 28 de abril”.
“Há produtores que têm muita cereja, vai ser um bom ano”, sublinhou.
Também Armindo Barbosa prefere não avançar uma estimativa da produção, explicando que os produtores de Resende, em colaboração com o Ministério da Agricultura, vão “fazer um levantamento sobre a tonelagem por hectare”.
“Vamos pesar por hectare e, a partir deste ano, já saberemos a média e será possível falar em números mais concretos”, acrescentou.
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