O CDS-PP de Viseu, questionou o Ministério da Agricultura sobre a possibilidade de este ano não se fazer a vindima nas vinhas do Centro de Estudos Vitivinícolas do Dão, em Nelas, devido à falta de recursos.
Na pergunta que entregaram na Assembleia da República, os deputados Hélder Amaral, Patrícia Fonseca e Ilda Novo lembram que o Centro de Estudos Vitivinícolas do Dão, fundado em 1946, tem uma área total de quase onze hectares.
“Este ano, segundo informações recolhidas na região, não haverá vindima nos dois hectares de vinhas do Centro de Estudos Vitivinícolas do Dão, devido a falta de recursos”, salientam os centristas.
Segundo os deputados, “a uva terá, entretanto, sido já vendida ou estará prestes a sê-lo, em hasta pública”.
O CDS salienta que “é no Centro de Estudos Vitivinícolas do Dão que se encontra a memória científica da região, ali funcionam campos de ensaios e os registos de todas as vindimas das últimas seis décadas”.
Neste âmbito, consideram ser “fundamental assegurar que esta venda da uva não coloca em causa o conhecimento e o registo de toda a informação técnico-científica do património vitícola da região”.
No seu entender, “esta situação resulta de um manifesto desinvestimento na investigação agrícola, em total contraciclo com aquilo que tem sido a aposta da União Europeia (UE) e a mensagem transmitida pelo Governo”.
Os deputados lembram que “o programa de trabalho Horizonte 2020 da UE inclui verbas destinadas ao conhecimento e inovação na agricultura, alimentação e desenvolvimento rural, permitindo financiar projetos de investigação e inovação que contribuam para proteger o ecossistema, valorizar os recursos genéticos e de adaptação às alterações climáticas”.
Perante esta situação os centristas, perguntam ao Governo se este ano não haverá mesmo vindima nas vinhas do Centro de Estudos Vitivinícolas do Dão.
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