𝗖𝗮𝗿𝗿𝗲𝗴𝗮𝗹 𝗱𝗼 𝗦𝗮𝗹 𝗿𝗲𝗰𝗲𝗯𝗲𝘂 𝗽𝗮𝗿𝘁𝗶𝗰𝗶𝗽𝗮𝗻𝘁𝗲𝘀 𝗱𝗮 𝗶𝗻𝗶𝗰𝗶𝗮𝘁𝗶𝘃𝗮 “𝗝𝗢𝗨𝗥𝗡𝗘𝗬 𝗢𝗡 𝗧𝗛𝗘 𝗥𝗢𝗔𝗗 𝗧𝗢 𝗙𝗥𝗘𝗘𝗗𝗢𝗠”, 𝗱𝗮 𝗦𝗼𝘂𝘀𝗮 𝗠𝗲𝗻𝗱𝗲𝘀 𝗙𝗼𝘂𝗻𝗱𝗮𝘁𝗶𝗼𝗻
Ciclicamente a Sousa Mendes Foundation promove uma “peregrinação” com familiares de refugiados que receberam vistos em 1940 do diplomata português – Aristides de Sousa Mendes.
A iniciativa, a decorrer desde o dia 15 de julho, realizada entre Bordéus e Portugal, incluiu no roteiro o Concelho de Carregal do Sal. Os participantes visitaram o cemitério onde Sousa Mendes e sua esposa Angelina estão sepultados, onde ouviram o testemunho de António de Moncada de Sousa Mendes e algumas leituras em inglês e hebraico de Isaac Powell e Susan Lindsay, deslocando-se imediatamente após até à Casa do Passal, onde por circunstancialismos relacionados com o decurso da obra, puderam do lado de fora apenas “espreitar” para o interior da casa, seguramente aumentado a curiosidade para o regresso aquando da inauguração.
Na Vila Sede, para onde se deslocaram depois, foram recebidos no Salão Nobre Aristides de Sousa Mendes pelo Executivo Municipal em permanência, no edifício dos Paços do Concelho, onde decorreu uma sessão solene.
Paulo Catalino Ferraz, Edil Carregalense, acolheu o grupo constituído maioritariamente, por membros de cinco famílias que receberam vistos de Aristides de Sousa Mendes, num total de cerca de 30 pessoas, a que se juntaram familiares de Sousa Mendes, elementos da Sousa Mendes Foundation e da Fundação Aristides de Sousa Mendes e representantes do projeto “Dever de Memória” do Agrupamento de Escolas de Carregal do Sal – entidades e pessoas que comungam o esforço de perpetuar a memória do Cônsul, promover em simultâneo os valores de humanidade, solidariedade, tolerância e paz.
Mariana Abrantes, da Sousa Mendes Foundation, conduziu a sessão em que usaram da palavra António Moncada, neto do Cônsul; Cláudia Ninhos, da fundação Aristides de Sousa Mendes; Suzana Menezes, Diretora da Direção Regional de Cultura do Centro e Paulo Catalino Ferraz, Presidente da Câmara Municipal de Carregal do Sal.
Nas primeiras intervenções, os oradores focaram a sua intervenção no enquadramento daquela iniciativa enquanto mais uma ação de homenagem ao gesto de Aristides de Sousa Mendes.
Suzana Menezes, Diretora da Direção Regional de Cultura do Centro sublinhou a importância de se continuar a perpetuar o gesto de Aristides de Sousa referindo que “o futuro Museu, na Casa do Passal, é uma casa de todos nós pois o Cônsul não é de Cabanas de Viriato, nem de Portugal, mas do Mundo”. Apelou, por isso, ao contributo direto ou indireto de todos, sem exceção, na concretização daquele projeto.
Paulo Catalino Ferraz, último orador da sessão solene, referiu-se ao empenho da Câmara Municipal em abrir as portas do futuro espaço de memória que, sublinhou será um espaço de educação, de formação, de conhecimento e de exaltação dos valores humanitários.
Enfatizou ainda, que o projeto Aristides de Sousa Mendes não se esgota no futuro Museu, cuja inauguração está prevista para o dia 19 de julho de 2024, para a qual convidou todos os presentes, tendo dado conhecimento do processo, já muito avançado, de aquisição da Casa do Aido, onde nasceu Aristides de Sousa Mendes para ali ser instalado um Centro de Acolhimento de Refugiados.
Agradecendo a visita de todos, o autarca reiterou o apelo de “continuarmos a promover o gesto e a seguirmos os valores defendidos por Aristides de Sousa Mendes, pois é a mais bela história do Mundo, e o maior gesto humanista da história do século XX”.
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