O presidente da Câmara de Viseu, Fernando Ruas, lamentou que a Infraestruturas de Portugal (IP) vá fazer “obras de remendos” e não “obras estruturais” no antigo Itinerário Principal (IP) 5, a partir de segunda-feira.
Durante a reunião pública da Câmara de Viseu, Fernando Ruas disse ter recebido um ofício da IP a avisar dos condicionamentos de tráfego necessários para os trabalhos de reparação do pavimento no ex-IP5, que serão feitos de forma faseada, de segunda-feira até 20 de novembro, entre os quilómetros 74 e 90.
“O planeamento está bem feito, fazem (os trabalhos) por troços e indicam alternativas. O tipo de obra é que, na nossa perspetiva, é remendar, não é estrutural”, afirmou aos jornalistas o autarca social-democrata, no final da reunião.
Na sua opinião, a IP deveria asfaltar o ex-IP5 “de uma ponta à outra”.
Fernando Ruas lembrou que aquele troço do ex-IP5, que “esteve para ser municipalizado”, é o que tem mais movimento, sobretudo de carros pesados, que assim fazem um percurso mais curto e sem portagens.
“Um camião vai utilizar sempre aquele espaço, enquanto aquilo for estrada nacional. Se fosse estrada municipal, a Câmara poderia limitar a velocidade, poderia urbanizar mais”, explicou o autarca, acrescentando que “os condicionamentos para um IP não são os mesmos do que para uma estrada municipal”.
Na terça-feira, uma colisão entre dois veículos ligeiros provocou um morto e um ferido grave naquele troço do ex-IP5.
“Quando chegámos ao local deparámo-nos com uma colisão frontal. Foi um acidente com grande violência e do qual resulta um ferido grave, um masculino de 45 anos, e lamentamos a morte de um indivíduo de 32 anos”, afirmou à agência Lusa o comandante dos Bombeiros Sapadores de Viseu, Rui Nogueira.
No entender de Fernando Ruas, se aquela zona da estrada “tivesse um separador central, seguramente não batiam de frente”.
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