O presidente da câmara municipal de Lamego pediu ao Governo apoios para as vias de comunicação na região.
“Temo necessidade de ter aqui acesso rápido, quer pela ferrovia, quer pela via marítima e, muito especialmente, e em destaque, pela rodovia. (…) Precisamos de, neste plano ambicioso de recuperação e resiliência, trazendo e dinamizando a atividade económica, de incluir também intervenções a esse nível”, apelou Ângelo Moura.
O presidente da Câmara de Lamego (PS) falava na cerimónia de inauguração do Centro Local de Apoio à Integração dos Migrantes (CLAIM) no Instituto de Tecnologia e Gestão de Lamego do Instituto Politécnico de Viseu, que contou com a presença da ministra do Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva.
“Sei que não é decisão única do Governo português, obviamente temos regras europeias a respeitar, mas precisamos do contributo do Governo na definição e no encontrar de objetivos que eventualmente nos possa permitir, municípios, fazer intervenções de melhor qualidade de vida das nossas populações, nomeadamente nas suas vias”, realçou.
Ângelo Moura disse que “não podia deixar passar a oportunidade de ter a ministra do Estado e da Presidência, alguém que tem as funções mais elevadas” entre os convidados, “para sensibilizar e dar conta daquilo que são as preocupações quanto ao território” do município que lidera e da região onde se insere.
“Muitas outras [preocupações] teria em termos municipais e essas reservá-las-ei para outro encontro noutro espaço, mas queria pedir esta sensibilidade para o nosso território que no fundo é comum a todos os territórios que têm assistido ao êxodo das nossas populações”, assumiu.
O autarca disse que não gosta de dizer que está no interior, mas sim num “território que está afastado dos centros de decisão, quer política, quer económica, muito mais financeira” e, nesse sentido, disse que a autarquia tem “uma estratégia própria”, mas, para isso, “são necessárias as melhorias nas vias” de comunicação.
No seu entender, os migrantes “são também contributos ímpares para o crescimento do país, especialmente deste território onde o êxodo rural foi e continua a ser enorme e que importa travar e dar passos para inverter”.
“Penso que estas comunidades migrantes podem ser um contributo extremamente importante na afirmação dos nossos territórios, a par, obrigatoriamente, de fixarmos as nossas populações”.
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