O Bloco de Esquerda (BE) questionou o Governo sobre o abate de árvores na Mata do Fontelo e apela à sua intervenção e à da Câmara Municipal para pararem o abate e a destruição da área em questão.
Segundo uma nota de imprensa, o documento enviado pelo Bloco de Esquerda à Assembleia da República questiona se o Governo tem conhecimento da situação e se “tem intenção de interceder junto da Câmara Municipal de Viseu para que esta atue no sentido de parar a destruição da Mata do Fontelo”.
Em causa, estão, o abate de centenas de árvores que, segundo o Bloco de Esquerda, são “na sua esmagadora maioria carvalhos, independentemente da idade e da sua função em todo o ecossistema da Mata do Fontelo, uma área de vegetação com origem secular, na cidade”.
O abate de árvores está a ser levado a cabo num terreno privado, e o BE refere no documento, que tem defendido que o terreno onde estão a decorrer os abates, seja integrado na gestão da Mata do Fontelo, para garantir a preservação do espaço e das espécies.
Segundo o BE “só na parte de gestão pública, foram identificadas 37 espécies, 13 das quais autóctones. As mais representadas são o carvalho (Quercus robur), com 1.850 exemplares, o loureiro (Laurus Nobilis), com 1.614, e o medronheiro (Arbutus Unedo) com 1.315”, contabilizam no documento.
O BE acrescenta ainda que a área que está a ser devastada, de acordo com a observação de imagens de satélite, é mais densa que a pública, tornando-se inevitável defender a sua preservação.
Os bloquistas pedem ainda a classificação da Mata do Fontelo como património natural, transformando o espaço numa zona protegida, a fim de não permitir que possa ser construído.
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