A carreira militar ocupou grande parte da vida de Fernando Figueiredo, que, nas próximas eleições autárquicas, entende ser o momento de “dar o peito às balas” em defesa do programa da Iniciativa Liberal (IL) em Viseu.
Fernando Figueiredo é coronel de infantaria na reforma, depois de ter prestado serviço em muitas unidades e desempenhado várias missões do Exército português, destacando-se a função de comandante de uma força de 853 militares (o maior batalhão destacado nos últimos 47 anos para fora do território nacional) em Timor Leste, em 2001.
A missão da NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte) no Iraque, onde adquiriu uma vasta experiência em consultadoria político-militar, o cargo de segundo comandante do Regimento de Infantaria 14 (Viseu) e várias medalhas e louvores nacionais e internacionais fazem também parte do currículo militar do coronel, de 59 anos.
A sua maior motivação para esta nova fase da sua vida deriva precisamente da sua formação militar, com a ideia sempre presente de “servir os outros”.
Fernando Figueiredo assume-se como “um simples cidadão no ativo, amigo do seu amigo, inconformado com a injustiça social, intolerante com a incompetência, exigente com a vida, inimigo da corrupção”.
Depois de uma presença ativa na sociedade civil e nas redes sociais e de, nas autárquicas de 2013, ter sido cabeça de lista à Assembleia Municipal de Viseu pelo CDS-PP (como independente), integrou a IL e aceitou o desafio de liderar a candidatura à Câmara.
“Vivo em Viseu há décadas, criei família aqui e é neste concelho que quero que muitos mais se fixem, sejam eles viseenses de nascimento ou de coração. Ou ambos”, afirma o candidato, que é natural do concelho de Gouveia (distrito da Guarda).
Licenciado em Ciências Socioeconómicas, Culturais e Militares, Fernando Figueiredo entende que Viseu precisa de um programa liberal, “em contraste com políticas de excessivo poder e intervenção da autarquia”.
Se for eleito, terá como principal preocupação “garantir as bases para o cumprimento do programa eleitoral, com uma transição suave, sempre que possível, em relação às políticas anteriores”.
“A primeira medida deveria ser do campo do alívio fiscal, por exemplo, pela redução da participação municipal no IRS de 4% para 2% ao longo do mandato, dando 2% do IRS dos cidadãos de volta às suas carteiras”, defende.
Não está também descartada a ideia de “uma auditoria inicial, não como finalidade de responsabilização, mas como meta fiável de partida para uma governação transparente e responsável, como é apanágio ideológico da IL”.
As bases do seu programa passam, acima de tudo, por “mais liberdade, em todas as suas dimensões”, seja económica, para possibilitar criar emprego e ter menos peso do Estado através da redução de imposto, seja política, para que haja transparência na gestão orçamental da autarquia e uma maior participação cívica em todas as instituições democráticas do poder local.
O candidato fala também em mais liberdade social, por entender que “Viseu tem espaço para todos, independentemente da sua cor de pele, nacionalidade, orientação sexual ou género”.
Atendendo à importância da oposição em qualquer democracia liberal, Fernando Figueiredo considera que um presidente de Câmara “deve esforçar-se por criar condições para o diálogo, cooperação e construção de consensos sobre determinadas matérias de interesse para a comunidade”.
“Hoje é-se poder, amanhã pode ser-se oposição”, avisa.
Fernando Figueiredo foi membro do Núcleo Distrital do Projeto Vida e do Centro Distrital de Operações de Proteção Civil de Viseu e da Guarda, fundador do Clube de Orientação de Viseu e colaborador da Comissão Organizadora dos Jogos Desportivos de Viseu.
Também foi responsável pela Comissão de Segurança do Mundial de Andebol em 2003, presidente da Associação de Andebol de Viseu (de 2004 a 2006) e membro dos corpos sociais da Associação de Ténis de Mesa do Distrito de Viseu (de 2012 a 2016).
Nas eleições autárquicas de 2017, o PSD conseguiu em Viseu 51,74% dos votos (seis mandatos) e o PS 26,46% (três mandatos).
A Iniciativa Liberal constituiu-se como partido no final de 2017, já depois das autárquicas. Concorreu pela primeira vez a eleições em 2019 (Parlamento Europeu, legislativas nacionais e legislativas regionais da Madeira).
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