O presidente da Câmara de Nelas, o socialista José Borges da Silva, recandidata-se ao terceiro mandato para concluir projetos e arrancar com outros planos “estruturais” para o concelho.
“Sou conhecedor da máquina municipal, dos fundos comunitários e vem aí um novo quadro, o PT 2030, e está também à porta o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), portanto, teria de propor à comunidade a realização de um terceiro mandato, até do ponto de vista da minha dádiva cívica à Câmara” de Nelas, sustentou.
Quando chegou à Câmara, em 2013, derrotando a coligação do PSD/CDS-PP, que estava na presidência, José Borges da Silva afirmou que “a [sua] prioridade” incidiria, sobretudo, no sentido de “equilibrar as contas do município, recuperar a capacidade de endividamento e fazer projetos, porque não os havia”.
Este segundo mandato, que termina no final deste ano, “foi para dar corpo e executar os projetos delineados no primeiro mandato”, embora os últimos quatro anos tenham “colocado um travão nos objetivos, por causa de uma série de calamidades”.
“Foi um mandato marcado pelos grandes incêndios, a seca também na região, e agora pela pandemia de covid-19 que atinge o país. Também logo no início deste segundo mandato “perdi” a minha vice-presidente que saiu para abraçar um projeto pessoal, o que acabou por me deixar um bocadinho prejudicado”, lembrou.
Agora, José Borges da Sila candidata-se “porque, com tudo isso, houve projetos que não tiveram o mesmo ritmo de andamento”, justificou, sublinhando que quer “terminar projetos” propostos e iniciar “outros que são estruturantes para o concelho”.
Entre os projetos que quer acabar no próximo mandato, o recandidato destaca a requalificação das escolas secundárias do concelho, em Nelas e em Canas de Senhorim, assim como dos “centros de saúde das duas localidades”, que envolvem “investimentos superiores a 10 milhões de euros”.
Há obras, disse, que podem vir a ter apoio do PRR e que “também estão a ser estudadas” ou a construção de “uma nova estação de tratamento de águas residuais (ETAR), que está para nascer em Canas de Senhorim” e “a requalificação da rede viária” do concelho.
“Vamos continuar a dar todo o apoio à economia e às áreas industriais e aos investidores, para manter o emprego que, em fevereiro do ano passado, antes do início da pandemia”, atingiu “o número mais baixo da história desde que há registos, com 345 desempregados”, destacou.
Este concelho do distrito de Viseu conta com uma população de “13 mil pessoas, sendo que cinco a seis mil são população ativa e, desta, mais de 40% está no setor secundário, ou seja, na indústria que teve um crescimento exponencial nestes últimos sete anos”.
José Borges da Silva disse que o crescimento económico do concelho foi “quase para o dobro em volume de negócios, em volume de exportações e em número de trabalhadores”.
Nesse sentido, defendeu que “é preciso continuar a garantir que essa economia real funcione e dê o seu contributo ao concelho, à região, mas também ao país, principalmente na fase pós pandemia”.
José Borges da Silva, de 58 anos, advogado, casado e pai de dois filhos, candidata-se ao terceiro mandato à Câmara de Nelas constituída por sete vereadores, quatro do PS, dois do CDS-PP e um do PSD, Joaquim Amaral que o PSD já oficializou como o candidato às eleições autárquicas previstas para o último trimestre do ano.
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