O enfermeiro Manuel Veiga, de 49 anos, vai candidatar-se pela quinta vez à presidência da Câmara de Tondela, por considerar que há muitas melhorias a fazer no concelho.
Em declarações à agência Lusa, Manuel Veiga disse que, durante todos estes mandatos, não se verificou “uma alteração assim tão significativa” nas necessidades de Tondela.
“Ainda continua a ser difícil arranjarmos casa, ainda continua a ser difícil termos transportes públicos, há muita coisa ainda a fazer”, afirmou o enfermeiro, mostrando-se disposto a “dar algo diferente ao concelho”.
Segundo Manuel Veiga, “o crescimento do parque habitacional tem sido muito lento”, o que leva a que o concelho, apesar de ter muita indústria, acabe por ser uma espécie de “centro de emprego” para concelhos limítrofes.
“As pessoas até querem vir para cá morar, mas têm dificuldade em fixar-se”, lamentou, considerando que tal não faz sentido, porque “para se dinamizar um concelho tem que haver gente” e há “aldeias a ficarem desertificadas”.
No que respeita aos transportes, o enfermeiro considera que não dão resposta às necessidades das populações.
“Há várias zonas industriais e não existe uma rede pendular que as sirva”, exemplificou.
No seu entender, também o turismo de natureza não tem sido bem aproveitado, apesar da riqueza do concelho a esse nível, concretamente na Serra do Caramulo.
“Não temos uma pousada da juventude, não temos um parque de campismo, não temos nada que atraia as pessoas que vêm cá a ficarem. O pessoal passa por Tondela, mas acaba por ficar noutros sítios”, contou.
É nesse âmbito que, há muitos anos, a CDU defende o aproveitamento dos antigos sanatórios para, “num deles, fazer uma estrutura tipo pousada da juventude”, acrescentou.
Nas próximas eleições autárquicas, Manuel Veiga voltará a defrontar o atual presidente da Câmara, o social-democrata José António Jesus, que se recandidata a um terceiro mandato.
São também candidatos no concelho Francisco Coutinho (PS) e Paulo Lopes (Chega).
Nas autárquicas de 2017, o PSD obteve 57,49% dos votos (cinco mandatos), enquanto o PS conquistou 23,25% (dois mandatos).
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