O cabeça de lista do CDS-PP à Câmara de Viseu, Nuno Correia da Silva, anunciou hoje que vai criar um fundo para revitalizar o comércio local, que será alargado a empresários em nome individual, sociedades e trabalhadores independentes.
“A preocupação do CDS é mostrar àqueles pequenos empresários, àquelas pessoas que não têm ordenado, que vivem do que ganham no dia-a-dia, que têm lojas, que passaram talvez um dos piores momentos, das piores fases da sua vida, porque tiveram de fechar em nome de um combate a uma pandemia, de uma crise sanitária, dizer-lhes que vão ter na Câmara um apoio”, afirmou à agência Lusa Nuno Correia da Silva.
Segundo o candidato, vai ser criado “um fundo que permitirá injetar liquidez e essa liquidez permitirá revitalizar o comércio local”.
“[Queremos] dizer que não estão sozinhos, não podem estar sozinhos, porque foram solidários com todos os outros quando fecharam as portas, que foram solidários no combate à pandemia, foram solidários no esforço para ultrapassarmos isto e agora os poderes públicos e, nomeadamente, a Câmara Municipal, tem de dizer que também está presente, também está junto deles, não os vai abandonar”, declarou.
O candidato adiantou que “são pessoas que não tiveram teletrabalho, são pessoas que não tiveram nenhum apoio”, mas são elas que “criam o PIB [Produto Interno Bruto], a riqueza que depois outros andam sempre a dizer que vão distribuir, mas esquecem-se de quem é que cria”.
Sobre a verba deste fundo, Nuno Correia da Silva explicou que primeiro será feito o levantamento das dificuldades.
“Sabemos que são muitas [as dificuldades] e, em função desse levantamento, então iremos angariar esses fundos, mas as estimativas que temos será entre cinco e 10 milhões de euros”, esclareceu, precisando que o valor se destina ao comércio local, pequenos empresários e “para todos aqueles que ficaram fora dos programas nacionais”, mas que “sofreram como outros o impacto da pandemia e toda esta situação de confinamento”.
Nuno Correia da Silva, atual vereador na Câmara de Lisboa, lembrou que “foi o CDS que propôs a criação de uma linha de apoio que depois se desenvolveu” de 200 milhões de euros na capital.
“Foi criado apenas um de 40 milhões (…) e já atingiu praticamente o valor que nós tínhamos proposto inicialmente”, disse, garantindo que pretende fazer aquilo que já fez, por considerar justo e devido.
“Se é justo em Lisboa, é justo em Viseu, como é óbvio”, acrescentou o cabeça de lista do CDS-PP à Câmara de Viseu, partido que tem hoje prevista uma ação de campanha junto do comércio local.
Nas eleições autárquicas de 2017, o PSD conseguiu 51,74% dos votos (seis mandatos) e o PS 26,46% (três mandatos). O CDS-PP foi a terceira força mais votada, mas perdeu o vereador que tinha no executivo.
Às eleições de dia 26 são também candidatos Manuela Antunes (BE), Fernando Ruas (PSD), João Azevedo (PS), Francisco Almeida (CDU), Pedro Calheiros (Chega), Fernando Figueiredo (Iniciativa Liberal) e Diogo Chiquelho (PAN).
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